Avaliação sensorial de uvas de mesa no sertão nordestino define o melhor período de colheita

07.08.2014 | 20:59 (UTC -3)

Uma parceria entre a Faculdade de Tecnologia Termomecanica (FTT), mantida pela Fundação Salvador Arena, e a Bayer CropScience, unidade de agronegócios do Grupo Bayer, está redirecionando os padrões de colheita das uvas produzidas em Petrolina, no sertão pernambucano. A ação visa identificar as preferências do consumidor com relação à doçura e acidez das frutas, por meio de análise sensorial realizada junto a um grupo de consumidores.

Amostras de uvas foram cuidadosamente selecionadas em Petrolina e enviadas para a Faculdade de Tecnologia Termomecanica, onde foram avaliadas por professores e universitários do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. As frutas passaram por três testes: de aceitação, em que são analisados o dulçor, sabor, acidez, suculência, firmeza e aparência; de intenção de compra e de preferência, no qual os tipos são ordenados em primeiro, segundo e terceiro lugar, de acordo com a preferência.

Para a análise da variedade Thompson participaram 131 consumidores (55,7% mulheres e 44,3% homens), já para as uvas Crimson foram consultados 130 consumidores (48,5% mulheres e 51,5% homens). O resultado revelou que, para ambas as variedades, houve predileção pelas amostras com maior índice de maturação, em função da doçura mais acentuada e da menor acidez.

A partir destas avaliações, o produtor pode planejar melhor o momento da colheita, de acordo com o brix - termo usado para classificar o nível de açúcar do fruto - dependendo do tempo de maturação. Fabrício Rezende, gerente de Serviços da Bayer CropScience, explica que o serviço é uma ferramenta do programa Mais Qualidade, que a empresa oferece para seus clientes. “O resultado dessa análise vai ajudar o produtor a colocar no mercado o tipo de uva que o consumidor gostaria de ter e, com isso, agregar valor ao seu produto”.

Já Newton Matsumoto, produtor da Coana e participante doPrograma Mais Qualidade, informa que a avaliação permite uma classificação Premium para a uva, facilitando sua comercialização. “O mercado precisava de um parâmetro com termos técnicos para diferenciar uma uva Premium, que são as que têm de 80% a 90% de intenção de compra, das demais”.

O estudo faz parte do Programa Mais Qualidade, da Bayer CropScience, criado em 2007 com o objetivo de orientar o agricultor sobre o uso correto dos produtos de proteção de cultivo, oferecendo a eles apoio técnico diferenciado e colaborar para o fornecimento de frutos com qualidade superior ao mercado. Atualmente, o projeto atende mais de 900 produtores de abacaxi, melão, uva, maça e morango nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Norte.

A Faculdade de Tecnologia Termomecanica foi escolhida para atuar em parceria com a Bayer CropScience pela qualidade da educação oferecida. O Ministério da Educação reconheceu em 2009 o Curso de Tecnologia em Alimentos da FTT como o melhor do Brasil. Em 2012, última avaliação da área realizada pelo órgão, o curso foi classificado entre os cinco melhores do país e o mais bem avaliado do Estado de São Paulo.

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