Aumento da produção de etanol de milho deve baratear combustíveis, conclui audiência

Governo conta com o incremento da produção de etanol de milho para diminuir a dependência da gasolina importada

28.11.2018 | 21:59 (UTC -3)
Agência Senado

A Comissão de Agricultura (CRA) debateu na terça-feira (27/11) o aumento dos investimentos na produção de etanol de milho na região Centro-Oeste. Debatedores e senadores destacaram o potencial da produção para gerar renda e abastecer o país, contribuindo para a redução do preço médio dos combustíveis.

O representante do Ministério das Minas e Energia (MME), Marlon Leal, alertou que o mercado de etanol proveniente da cana está estagnado nos últimos anos, o que torna "muito bem-vindos" os recentes investimentos no etanol de milho. Leal apresentou estudos da pasta que demonstram que o crescimento do setor de etanol acaba trazendo para baixo no preço dos combustíveis em geral, por ser um produto mais barato. Os dados do MME baseiam-se em levantamentos feitos no estado de São Paulo.

— Desde 2006 o etanol é mais barato. Esse é um dado já consolidado. Portanto quanto mais se oferta e se usa dele, maior é seu impacto na cesta de combustíveis. Só em 2018 o consumidor paulista economizou R$ 1,7 bilhão em combustíveis, comparado com o que gastaria caso não se ofertasse etanol. Desde 2006, a economia já chega a R$ 28 bilhões — detalhou.

O representante do MME também confirmou que o governo conta com o incremento da produção de etanol de milho para diminuir a dependência da gasolina importada, que corresponde a 10% do consumo nacional. Por isso o programa RenovaBio, política nacional para o setor de biocombustíveis, continuará sendo uma prioridade.

— Se não fosse o RenovaBio, hoje 30% do nosso consumo seria de gasolina importada. E não priorizamos nenhum biocombustível: quem tiver mais competitividade vai encontrar seu espaço — afirmou Leal.

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A reunião foi conduzida pelo senador Cidinho Santos (PR-MT), que fez questão de ressaltar a rapidez com que os investimentos no etanol de milho na região Centro-Oeste vêm aumentando.

— A produção tem chamado a atenção pela velocidade da expansão e pelos volumes envolvidos nos investimentos. Avalia-se que a médio prazo a operação da planta gerará anualmente cerca de R$ 2 bilhões. Eu mesmo acredito muito nas oportunidades que o segmento oferece, gerando empregos e renda para milhares de famílias. Não só o Centro-Oeste, acredito que a região Norte também será beneficiada. Produziremos o etanol mais barato e ainda vamos exportar — declarou Cidinho.

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