Lavoro divulga resultados do primeiro semestre do exercício fiscal de 2023
Além disso, foi apresentada previsão para o ano fiscal completo de 2023
As principais associações empresariais e industriais das Américas dedicadas à produção e ao processamento de açúcar, álcool, milho, sorgo, soja, óleo vegetal e grãos, entre outros produtos do setor agropecuário, constituíram a Coalizão Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos (CPBIO), com o objetivo de coordenar a elaboração, a promoção e o consumo sustentável dessas energias limpas no hemisfério.
A criação do grupo ocorreu na Cúpula Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos, organizada em São José pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que atuará como Secretaria Técnica da coalizão.
As 25 organizações que deram origem à CPBIO, provenientes de múltiplos países das Américas, assinaram uma declaração propondo a busca por uma institucionalidade e uma coordenação mais robustas para promover os biocombustíveis.
“No cenário internacional de hoje, articular experiências e conhecimento é fundamental para alcançar objetivos sustentáveis que impactem o meio ambiente no futuro. Por isso, o IICA assume a Secretaria Técnica da Coalizão com grande responsabilidade, o seu papel será catalisar as ações do grupo de trabalho e apoiar a execução do roteiro proposto”, afirmou Manuel Otero, Diretor Geral do IICA.
“A América é uma região onde se produz bioenergia e biocombustíveis com sustentabilidade em grande quantidade. No entanto, essas iniciativas não estão formalizadas nem institucionalizadas, o que impede que as informações sejam divulgadas de maneira fluida e assertiva. Essa iniciativa é disruptiva, e permitirá ao setor enfrentar os desafios do futuro para suprir o mundo de energia de baixo carbono”, manifestou Evandro Gussi, Presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) do Brasil, uma das organizações fundadoras da CPBIO.
Gussi acrescentou que o apoio do IICA será fundamental para o desenvolvimento da coalizão e seus objetivos de trabalho. “O setor tem a garantia de que as propostas e acordos definidos contarão com toda a experiência que, há várias décadas, o IICA tem proporcionado às Américas”.
Édgar Herrera, Diretor Executivo da Liga Agrícola Industrial da Cana-de-Açúcar (LAICA), da Costa Rica, outra das fundadoras, expressou: “Falar dos benefícios dos biocombustíveis e energias renováveis no meio ambiente é uma questão de estado e de segurança energética, assim como falar de segurança alimentar. Sem dúvida, o elo que faltava era que uma instituição como o IICA tomasse a iniciativa a partir de uma óptica continental”.
Entre seus principais enunciados, a declaração de origem da CPBIO propõe que a crise climática é cada vez mais preocupante, mas ainda há tempo para evitar catástrofes maiores, sendo os biocombustíveis, especialmente os líquidos, um fator fundamental para a descarbonização do transporte.
Na opinião da coalizão, os biocombustíveis melhoram a qualidade do ar e a saúde da população e contribuem para o desenvolvimento da agricultura e da economia, pois sua elaboração diversifica a oferta produtiva, agrega valor, protege os solos, mediante o rodízio de cultivos, cria empregos sustentáveis e assegura um fluxo de demanda estável ao longo do tempo para os agricultores.
Além disso, a produção de biocombustíveis permite reduzir a vulnerabilidade associada a uma única fonte de energia.
“As políticas públicas têm um papel fundamental no desenvolvimento das energias limpas em geral e dos biocombustíveis em particular. Nesse sentido, os países das Américas têm uma posição privilegiada, pois dispõem de biomassa que pode ser industrializada de maneira sustentável para produzir combustíveis biológicos, a fim de descarbonizar a economia e cuidar da saúde das pessoas, dos animais e das plantas”, considerou o especialista internacional em biocombustíveis do IICA, Agustín Torroba.
As organizações do hemisfério integrantes da Coalizão Pan-Americana de Combustíveis Líquidos (CPBIO) são:
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