Pesquisa viabiliza uso de subproduto da soja como ingrediente para alimentos plant-based
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Controlar as plantas invasoras tem diferentes resultados dependendo do período em que se realiza tal prática. O melhor momento é aquele emergente, ou seja, assim que as daninhas surgem nos milharais. Estas invasoras que a princípio parecem inofensivas, podem causar diversos problemas ao longo da safra, desde o desenvolvimento, no processo de produção, qualidade de grãos e até na hora da colheita. Além disso, as ervas daninhas podem ser portas de entrada para pragas e doenças. Dessa forma, o resultado só pode ser prejuízo no bolso.
Pensando em uma ferramenta eficiente para que os produtores possam utilizar a fim de resolver essa situação, a Ascenza, multinacional portuguesa pertencente ao grupo Rovensa, acaba de lançar o Mesopec, um herbicida seletivo para aplicação pós-emergente. De ação sistêmica, o novo produto é composto pelo Mesotriona 480 SC (suspensão concentrada), com eficácia comprovada para o controle de daninhas com folhas largas de crescimento anual e gramíneas na cultura do milho.
A substância pertence ao grupo químico das tricetonas e, age interferindo no desenvolvimento da invasora, causando o branqueamento dessas plantas que são sensíveis ao produto e depois a necrose e por fim a morte dos tecidos vegetais. Esse processo leva cerca de uma a duas semanas após a aplicação da formulação.
De acordo com o engenheira agrônoma e marketing technical expert, Patricia Cesarino, a absorção do Mesopec acontece tanto pelas raízes quanto pelas folhas e ramos das ervas daninhas. “Por isso, dizemos que é uma molécula com alta mobilidade e de eficiente absorção. Lembrando que o milho é tolerante a ela, devido à sua grande capacidade de metabolizar rapidamente o herbicida. É válido lembrar que o produto é indicado tanto para ser utilizado em lavouras com o sistema de plantio convencional e no sistema de plantio direto”, explica.
O princípio ativo Mesotriona já vem sendo utilizado há muitos anos para o controle da mato competição no milho. Por exemplo, segundo um estudo realizado por Luiz Lonardoni Foloni, engenheiro agrônomo e pesquisador da Universidade de Campinas, em 2002, esta formulação já proporcionava excelentes resultados, chegando a controlar de 90 a 100% a Digitaria horizontalis, ou Capim Colchão.
Além desta, o lançamento da Ascenza ainda controla outras plantas daninhas de relevância na cultura, como: Acanthospermum australe (Carrapicho rasteiro), Acanthospermum hispidum (Carrapicho de carneiro), Alternanthera tenella (Apaga fogo), Amaranthus hybridus (Caruru roxo), Bidens pilosa (Picão preto), Commelina benghalensis (Trapoeraba) e Digitaria horizontalis (Capim colchão). Também destaque para Digitaria insularis (Capim amargoso ), Euphorbia heterophylla (Amendoim bravo), Galinsoga parviflora (Picão branco), Ipomoea grandifolia (Corda de viola), Portulaca oleracea (Beldroega), Raphanus raphanistrum (Nabiça) e ainda Sida rhombifolia (Guanxuma).
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