Técnicos agrícolas pedem ampliação dos valores de projetos de crédito rural que podem aprovar
Secretário de Agricultura Familiar do Mapa vai encaminhar reivindicação. Valores não são atualizados há 16 anos
Relatório divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) aponta para o fim da colheita da soja e do plantio do milho. Foram aproximadamente 1.982 visitas a propriedades rurais pela equipe do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (SigaMS), que revisaram os números por todo o ciclo e alinharam com imagens de satélite, que confirmam o impacto da estiagem na produtividade, aumento de área para ambas culturas e expectativa de safra para o milho.
“Esperávamos uma safra perfeita para soja. Mas o cenário de produtores rurais investindo cada vez mais em tecnologia, áreas sobrepondo o que antes era pasto e cana e prometiam avanço na produção de grãos, não tiveram apoio climático. A safra fecha com média de 48,11 sacas por hectare no Estado. Identificamos médias próximas de 70 sacas e outras fazendas registraram 28,5 sacas por hectare. Isso aconteceu devido as chuvas de manga, mas também pela escassez dela no momento de desenvolvimento da planta e dos grãos”, relatou o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke.
“Em compensação o milho, boa parte está se consolidando como uma safra pujante. Estimamos um avanço na área de 5,73% e uma produtividade média de 78,2 sacas, atingindo volume de 9 milhões de toneladas”, informou Schmaedecke.
A área destinada à soja atingiu 2,98 milhões de hectares segundo o Siga. Isso representa um avanço de 280 hectares ou 10% a mais que no ciclo anterior. Este acréscimo em cima de espaços antes dedicados à outras culturas, faz de Mato Grosso do Sul o estado com maior expansão na cultura.
Como a estiagem atingiu diversos estados, no item soja, Mato Grosso do Sul se manteve como o quinto maior produtor, somando 8,8 milhões de toneladas.
A expectativa para a safrinha é de que o estado recupere a terceira posição do ranking nacional, assumindo novamente o lugar, hoje ocupado por Goiás, que está atrás de Mato Grosso (1º) e Paraná (2º).
As plantas daninhas com maior porcentagem de incidência nas propriedades visitadas pela equipe do Siga em Mato Grosso do Sul, foram o capim amargoso, buva e o picão preto. Em relação às pragas, percevejo marrom, vaquinha, percevejo barriga verde e lagarta falsa medideira apresentaram as maiores porcentagens, mas não causaram perdas significativas de produção.
Sobre as doenças que atacaram as plantas, o oídio, a antracnose e a mancha alvo representam as maiores porcentagens, mas a incidência no geral foi considerada baixa, não ultrapassando 3% para nenhuma das doenças identificadas.
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