Aplicações de Inteligência Artificial impulsionam ganhos no agronegócio e traz inovação

Tecnologia no campo pode aumentar produtividade e ajudar na tomada de decisão

24.05.2019 | 20:59 (UTC -3)
Fabiola Pedroso

Segundo a consultoria IDC, o mercado de gestão de dados – conhecido como “big data & analytics” – movimentará US$ 4,2 bilhões em 2019 no Brasil. A consultoria avaliou que as empresas têm apresentado dificuldades para fazer uma gestão de dados eficiente e tirar proveito de recursos que ela tem.

Exemplos disso, é o acompanhamento de performance ou alerta de produtividade, apenas 13,8% das empresas têm como prioridade expandir sua capacidade para tirar proveito de dados coletados no mercado e assim criar ou incrementar sua receita.

No Brasil, a expectativa é que o setor industrial tenha aportes de US$ 9 bilhões neste ano, principalmente por investimentos em aplicações no agronegócio (monitoramento de safra, por exemplo).

Um destaque no uso de tecnologias de Inteligência Artificial é no Campo, que pode usar os recursos de inteligência artificial, em sistema de irrigação inteligente, agricultura de precisão envolvendo a aplicação de inteligência embarcada, automação e rede de sensores locais para mapeamento de solos, monitoramento de doenças e de variáveis meteorológicas, sensoriamento remoto voltado para a produção e captação de aspectos ambientais e climático. Nesses processos são produzidos grandes volumes de dados que geram informações para apoiar o suporte à decisão no campo.

Criar soluções tecnológicas que vão desde a obtenção customizada de dados até a análise das informações para orientar a tomada de decisões já é uma realidade no campo. Tudo isso com imagens de alta resolução, e menor custo, utilizando Inteligência Artificial (sistemas que se assemelham a inteligência humana), Machine Learning (aprendizagem da máquina).  Cada vai mais empresas estudam os mercados, analisam tendências e assim conseguem se  antecipar criando soluções digitais. E é perceptível que o agronegócio tem grande potencial para isso, aponta Diego Nogare da Lambda 3, empresa no setor tecnológico, com foco em soluções digitais.

A internet das coisas – que nada mais é que a comunicação entre máquinas – deverá movimentar investimentos de US$ 745 bilhões ao redor do mundo em 2019, podendo ultrapassar em valor US$ 1 trilhão em 2022, concentrado principalmente em aportes para o setor industrial.

Estima-se que a população mundial deverá chegar a aproximadamente 9 bilhões de pessoas até 2050. Esse crescimento exigirá uma produção em agricultura muito mais consciente, afinal os recursos naturais são limitados, e é muito importante a conciliação entre a preservação ambiental e o desenvolvimento produtivo no campo.

As pragas e doenças representam um grande problema na agricultura. Elas causam impactos diretos na qualidade e produtividade das lavouras, e as perdas variam de acordo com a cultura e severidade do ataque. Segundo estimativas, ano após ano, o mundo perde entre 20% e 40% dos rendimentos dos cultivos devido aos danos causados por pragas e doenças, enquanto que no Brasil, o valor das perdas anuais, pode chegar em R$ 55 bilhões.

A utilização de drones, por exemplo, ajuda no monitoramento e mapeamento de fazendas, lavouras e plantações, com o objetivo de identificar problemas e a partir disso criar planos de ação para minimizá-los ou saná-los. Os produtores analisam as imagens rastreadas, e produzem relatórios que vão indicar de onde as ações devem partir.

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