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A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), entidade que congrega as empresas responsáveis pela comercialização de cerca de 80% dos inoculantes utilizados no país, reforça a importância da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) para a agricultura brasileira.
A fundação é hoje indispensável para a produção de inoculantes no Brasil, sendo responsável por um “banco de estirpes”. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) exige que seja mantida a coleção do material genético, bactérias selecionadas para distribuição anual às empresas produtoras. “A Fepagro vem exercendo com brilhantismo esta função, sendo uma entidade de extrema importância para a manutenção de inoculantes de qualidade no país”, afirma o presidente da ANPII, Roberto Berwanger Batista.
Cálculos da Embrapa mostram que a economia para o país com o uso de inoculantes está na casa dos seis bilhões de dólares. “Se os agricultores não dispuserem de inoculantes e tiverem que utilizar ureia em suas lavouras, além do custo dez vezes superior, o país teria que arcar com mais 500.000 viagens de caminhões para transportar toda esta quantidade de fertilizante”, explica Roberto.
Além de produzir inoculantes, a Fepagro exerce a função de controle de qualidade dos inoculantes produzidos no país e também importados. No laboratório de microbiologia a entidade analisa todas as amostras coletadas, garantindo assim que os agricultores recebam produtos de elevada qualidade.
“Há muitos anos, quando este controle de qualidade não era feito, havia inúmeros produtos que não atendiam às especificações técnicas e isto trouxe até mesmo um descrédito na tecnologia. Somente depois que se efetivou a parceria entre MAPA e Fepragro é que os inoculantes brasileiros atingiram um patamar de qualidade igual ou superior a todos os outros países”, pontua o presidente da ANPII.
Além da eficiência dos inoculantes no aumento de produtividade, em especial nas lavouras de soja, feijão e outras leguminosas, inclusive em pastagens, como trevos e alfafa, esta técnica também colabora para baixa emissão de carbono e com o uso de insumos que tornem a atividade o mais compatível possível com o ambiente.
Afinal, cada 1 kg de fertilizante nitrogenado produz 4,2 kg de carbono equivalente, com grande repercussão no efeito estufa, a troca destes fertilizantes pelos inoculantes representa um expressivo ganho para o ambiente. Isto é corroborado pela inclusão da Fixação Biológica do Nitrogênio como um dos eixos do Programa do MAPA de Agricultura de Baixo Carbono – Programa ABC.
A ANPII, diante de rumores do fechamento da Fepagro salienta que a fundação é indispensável para a produção de inoculantes e que sua extinção representaria um desserviço aos agricultores brasileiros. “Hoje são comercializadas mais de 30 milhões de doses de inoculantes no Brasil, atingindo elevado índice de utilização nas lavoras de soja, colocando o Brasil como o país que mais utiliza este insumo no mundo. E o papel da Fepagro está presente em cada um destes pacotes, nas mãos de cada agricultor, do Rio Grande do Sul a Roraima”, finaliza Roberto.
Sobre a ANPII
A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Importadores de Inoculantes (ANPII) foi fundada em 1980 e reúne 11 empresas que comercializam inoculantes no país. A principal atividade da associação, além de representar as associadas, é um trabalho para a melhoria contínua dos inoculantes e pela divulgação desta técnica junto à assistência técnica e agricultores. A ANPII tem muito claro que a Fixação Biológica do Nitrogênio é uma tecnologia estratégica para a cultura de leguminosas e já está a caminho para outras famílias de plantas. Mais informações pelo site: www.anpii.org.br.
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