Levantamento sobre tendências em agricultura digital segue até 31 de maio
Os resultados do levantamento vão orientar novas pesquisas e inovações, além de ajudar nas estratégias de fortalecimento de pequenos negócios que ofereçam soluções digitais
Alface, tomate e melancia tiveram os preços reduzidos em abril, em meio às medidas de restrição devido à pandemia de COVID-19 e à sazonalidade da oferta. A conclusão é do 5º Boletim do Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (21/05).
Segundo o estudo, o tomate chegou a ter queda de preços de 29,60% na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro e de 23,10% na central de Belo Horizonte. Já a alface, afetada sobretudo por estes tempos da pandemia do coronavírus e do clima frio que inibe as compras em algumas localidades, apresentou menor volume para comercialização e redução de preços. As maiores baixas ocorreram na central de Vitória (29%), mas também em Belo Horizonte (25,84%) e na Ceagesp, São Paulo (3,03%).
Por outro lado, os preços da batata e da cebola apresentaram-se em alta, inclusive bastante significativas. Para a batata, a continuidade do declínio da safra das águas quase em seu final e a presença ainda insignificante da nova safra fizeram a menor oferta pressionar os preços para cima. Estes movimentos foram unânimes nos mercados analisados, registrando altas entre 2,34% na CeasaMinas – Belo Horizonte e 33,18% na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro. No caso da cebola, os incrementos de preços foram ainda maiores. Os percentuais de alta ficaram entre 26,75% na Ceasa/GO – Goiânia e 80,20% na Ceagesp – São Paulo. O abastecimento concentrado na produção do Sul do país, em declínio em abril, e o atraso na saída da produção nordestina, em função das chuvas na região, pressionaram as cotações no sentido de aumento.
No caso das frutas, a melancia foi a que teve maior redução percentual de preços, chegando a ser vendida na central de Goiânia com queda de 33,18%. A redução de preços ocorreu em virtude da fraca demanda resultante de chuvas em alguns centros consumidores e frio em outros, fatores que reduzem o consumo dessa fruta. A banana nanica e a prata tiveram menor produção em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, grandes produtores nacionais. Mesmo com a menor oferta, a redução na demanda, em decorrência das medidas de isolamento social (fechamento de escolas, bares, restaurantes e menor fluxo em feiras) fizeram com que os preços ficassem estáveis ou reduzissem. Dentre os mercados atacadistas que apresentaram diminuições nos preços dessa fruta, estão a central mineira (16,60%) e a de Goiânia (7,05%).
O volume de exportação de frutas acumulado no país, até abril, foi 4,61% menor em relação ao mesmo período de 2019, e o valor comercializado em dólares diminuiu 13,44%, o que pode ser uma sinalização dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no mundo. Destaque para o crescimento, mesmo nesse cenário, do volume das exportações de maçãs, limões e limas, banana e abacate. O melão, principal fruta brasileira exportada, continuou a apresentar queda nas remessas ao exterior.
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