Albaugh lança inseticida para manejo de percevejos

Eficácia da tecnologia sobre percevejo-verde e percevejo-marrom superou a de tratamentos-padrão, em testes e pesquisas realizados no pré-lançamento

21.08.2023 | 16:25 (UTC -3)
Cultivar, com informações de Fernanda Campos

A Albaugh anunciou o lançamento de seu inseticida Afiado (acetamiprido + bifentrina) para controle de percevejos da soja. O novo produto tem por características centrais alto poder de choque e longo residual, "além de não desequilibrar populações de ácaros e outros inimigos naturais de percevejos", conforme comunicado da empresa.

O produto age por contato, ingestão e contato tarsal (caminhamento sobre a planta após a pulverização). Como parte das ações de lançamento do inseticida, a Albaugh divulgou resultados de estudos envolvendo o percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildini) e o percevejo-marrom (Euchistus heros). “No caso do percevejo-verde, o tratamento da Albaugh entregou eficácia de controle de 70% a 87,5%, frente a no máximo 85% do tratamento-padrão”, consta no material enviado à imprensa. “Já em relação ao percevejo-marrom, o programa de manejo com Afiado controlou de 68% a 80% da população, ante 75% do padrão”, prossegue a nota.

Saiba mais sobre acetamiprido e bifentrina

Acetamiprido (acetamiprid, CAS 135410-20-7, Irac 4A) é um neonicotinoide de primeira geração. Reage no corpo como a nicotina, um inseticida natural. O acetamipride é um agonista nicotínico que reage com os receptores nicotínicos de acetilcolina (nACh-R). Esses receptores estão localizados nos dendritos pós-sinápticos de todos os neurônios no cérebro, medula espinhal, gânglios e junções musculares. A ativação dos receptores nACh-R causa hiperatividade e espasmos musculares e, eventualmente, a morte.

Bifentrina (bifenthrin, CAS 82657-04-3, Irac 3A) é um inseticida da família dos piretroides, versões artificiais de piretrinas (contidas em flores de crisântemo). Foi registrado pela primeira vez para uso pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos em 1985. A bifentrina é neurotóxica e tem como alvo os canais de sódio dependentes de voltagem nos neurônios. Age por ingestão ou contato.

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