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Transformar os próprios grãos cultivados em uma espécie de ‘moeda digital’ para comprar máquinas e implementos, realizar pagamentos de fornecedores e até mesmo para consumir em estabelecimentos convencionais, já é uma realidade para o produtor rural brasileiro. A novidade é da startup Agrotoken - empresa pioneira no mundo na tokenização de commodities agrícolas - recém-chegada ao Brasil, que participa pela primeira vez do Show Rural Coopavel, entre os dias 06 a 10 de fevereiro, em Cascavel (PR).
“Esta é a primeira vez que temos a oportunidade de mostrar, pessoalmente, as vantagens da tokenização dos grãos para os produtores rurais. O Show Rural Coopavel é a feira que abre o calendário de feiras e eventos do setor, e é considerada uma das mais importantes para geração e volume de negócios. Por este motivo, escolhemos ela para também darmos início a uma série de eventos que estimamos participar este ano no Brasil”, comenta Anderson Nacaxe, diretor do Agrotoken no Brasil.
A empresa, que acaba de chegar ao país, tem como objetivo digitalizar e democratizar o agronegócio. “O mercado agrícola atualmente já é, e está cada vez mais, digitalizado. O que a Agrotoken oferece hoje, é mais uma ferramenta, para democratizar o agronegócio, tornando reais as transações com soja e milho”, acrescenta Nacaxe.
A Agrotoken possui um ecossistema eficiente, seguro e confiável, que transforma a produção agroindustrial em ativos digitais lastreáveis. Na prática, a empresa transforma os grãos em um bem digital, para guardar ou trocar por insumos, serviços e outros bens.
Com os grãos físicos digitalizados na plataforma da Agrotoken - transacionados de forma segura por meio da tecnologia blockchain -, os grãos são convertidos em ‘agrotokens’ como crédito para o produtor transacionar em operações comerciais e financeiras, sempre com o apoio direto dos grãos, que tem seu valor atrelado ao preço da soja, milho e trigo.
Além da plataforma, o produtor rural brasileiro também tem a possibilidade de utilizar os ‘grãos digitais’ com o cartão Agrotoken Visa - novidade que acaba de chegar no país. O processo de pagamento com tokens no cartão acontece nos mesmos moldes do disponível na ferramenta da empresa, ou seja, de maneira simples, rápida e segura via blockchain, e pode ser utilizado de maneira fracionada, conforme o valor de cada compra.
“O crédito concedido via cartão equivale a uma operação de barter, em que ocorre o pagamento de insumos por meio de commodities. Porém, fazemos isso de forma totalmente virtual, segura e simples, com os agrotokens. Além disso, o cartão Agrotoken Visa oferece liquidez ao produtor ou investidor que tem grãos estocados ou ainda a serem colhidos”, descreve Nacaxe.
A compensação dos agrotokens é sempre em moeda fiat, ou seja, a moeda impressa e emitida pelo Banco Central de qualquer país, como o real e o dólar, por exemplo.
“Com o cartão ou com os grãos transformados em ativos digitais no ecossistema da Agrotoken, o produtor rural faz a tokenização de suas commodities, e pode fazer compras de forma simples nos diferentes agentes fornecedores de serviço e produtos que já atuam na cadeia”, explica Nacaxe.
Vinculados à origem da emissão do ativo físico, os agrotokens são lastreados em ativos reais, ao contrário dos NFTs. Isso significa que têm valor idêntico em todo o território nacional, independentemente de onde e por quem foram emitidos, conforme preço indexado em índices como Esalq, CEPEA/B3, Argus e Platt, paridade que a torna uma stable coin, ou seja, moeda de baixa volatilidade.
Na Argentina, o Agrotoken Visa já está disponível desde agosto, onde passou por criteriosos testes para validar sua funcionalidade, especialmente em segmentos do comércio em que os produtores rurais realizam transações diariamente – seja na cadeia do agronegócio até mesmo em restaurantes, cafeterias, postos de gasolina e hospedagens. Até o momento, a Argentina já tokenizou 200.000 toneladas de soja e milho.
No Brasil, a Agrotoken tem como estratégia de mercado, tokenizar mais de 1 milhão de toneladas de grãos até o final do ano.
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