Agricultura Inteligente terá forte presença no Agritechnica 2023

A digitalização é uma tendência crescente na agricultura, que traz benefícios tanto para os produtores quanto para o meio ambiente. Com o uso de tecnologias digitais, como sensores inteligentes, máquinas automatizadas e sistemas de gerenciamento de fazendas, os agricultores podem otimizar seus processos, economizar recursos, adaptar-se às condições locais e tomar decisões mais acertadas.

A agricultura inteligente e a agricultura de precisão são dois conceitos que se baseiam na coleta e análise de dados para melhorar a produção agrícola. A agricultura inteligente visa reduzir o trabalho manual e aumentar a eficiência no campo, enquanto a agricultura de precisão busca aplicar os insumos agrícolas de forma mais precisa e personalizada.

As últimas novidades em tecnologia de sensores, que são fundamentais para a digitalização da agricultura, estarão presentes na Agritechnica, a maior feira mundial de tecnologia agrícola, que acontecerá de 12 a 18 de novembro de 2023, em Hanover, na Alemanha. Lá, os expositores mostrarão suas inovações em diversas áreas de aplicação.

Sensores para digitalização

Os sensores são a espinha dorsal da agricultura inteligente e de precisão. Usar imagens de satélite para monitorar populações de plantas em busca de deficiências de nutrientes e doenças, ou câmeras para distinguir ervas daninhas de plantações são apenas dois dos muitos exemplos já disponíveis. Algoritmos personalizados processam as medições do sensor, que são usadas para tomar decisões sobre o manejo da cultura, por exemplo, para calcular insumos de fertilizantes e pesticidas, otimizados para as condições locais, analisar as condições do solo ou controlar a irrigação do campo.

Os mais recentes avanços na tecnologia de sensores estarão em exibição na Agritechnica, que será realizada de 12 a 18 de novembro de 2023, no Hanover Exhibition Grounds, na Alemanha, onde os expositores apresentarão suas últimas inovações, abrangendo uma ampla gama de aplicações . Além da tecnologia avançada de sensores, o destaque "Smart Farming" na feira apresentará demonstrações ao vivo e outras práticas recomendadas de tecnologia inteligente que otimizam o cultivo, atendem automaticamente aos requisitos de documentação e maximizam a eficiência dos recursos.

Suporte ao operador da máquina

Sensores inteligentes, como câmera e radar, estão sendo cada vez mais usados ​​para aliviar a tensão do operador da máquina que conduz o veículo agrícola, apoiando atividades como carregamento otimizado de veículos de colheita e capina mecânica. O poder de processamento computacional cada vez maior está levando a velocidades operacionais mais altas dos veículos e melhorias correspondentes no desempenho do trabalho no campo.

A realidade aumentada (AR), onde uma imagem gerada por computador é sobreposta à visão do mundo real de um operador de máquina, também é de importância crescente, permitindo que o motorista tome decisões informadas sem ter que mudar a concentração do caminho à frente para um monitor separado .

Apesar desses sistemas de apoio, os motoristas ainda podem experimentar altos níveis de estresse durante períodos de intensa atividade, como a época de colheita. Sistemas que monitoram a frequência cardíaca e os movimentos dos olhos do motorista e procuram sinais de sonolência, como bocejar ou esfregar os olhos, podem alertar o motorista, se necessário, e até parar a máquina, se necessário.

Robôs agrícolas conquistam os campos

Os robôs agrícolas, às vezes chamados de agribots ou robôs de campo, estão, sem dúvida, entre os exemplos mais atraentes de agricultura digital. Um número crescente de robôs de campo autônomos está realizando trabalhos, como semear, fertilizar, capinar e colher e, como não precisam de pausa, podem fazer isso o tempo todo. Máquinas autônomas têm muitas vantagens. Economias drásticas em insumos agrícolas e tempo de trabalho, juntamente com a melhoria da conservação do solo, garantem maior sustentabilidade e, ao mesmo tempo, reduzem os custos. Em cultivos especiais de mão-de-obra intensiva, eles podem compensar a falta de pessoal. Algumas questões sobre segurança e responsabilidade ainda devem ser esclarecidas, mas seu futuro é certo. Os muitos produtos notáveis ​​que estarão expostos nas salas de exposições em Hanover não deixarão os visitantes com dúvidas sobre isso.

Informação do céu

A digitalização não se restringe ao solo. O número de drones usados ​​na agricultura continua a aumentar, com suas câmeras de bordo de alta resolução fornecendo informações úteis sobre a qualidade do solo, para controle de doenças e infestação de ervas daninhas em terras aráveis ​​ou informações valiosas sobre o crescimento das plantas. Se equipados com uma câmera de imagem térmica, os drones podem verificar se há crianças ou animais em um campo antes da colheita.

Os grandes drones são cada vez mais vistos nas encostas íngremes dos vinhedos, onde são usados ​​para proteger as plantações, economizando esforço e energia. e em campos de milho eles estão sendo usados ​​para aplicar pupas de Trichogramma em grandes áreas para o controle da broca do milho.

Melhorias na gestão operacional

Muitos agricultores europeus consideram a documentação agrícola simplificada como um benefício da digitalização. Os sistemas de gestão agrícola podem processar dados e analisá-los em detalhe para uma exploração agrícola específica, auxiliando, por exemplo, nas decisões de gestão de culturas e pedidos de subsídios agrícolas, bem como melhorando a gestão agrícola.

O objetivo geral é vincular a agricultura a outros atores da cadeia de valor, otimizando assim os fluxos de bens e materiais. Tanto os fornecedores upstream de maquinário e insumos agrícolas, quanto as vendas downstream e o comércio poderiam se beneficiar. Uma troca suave de dados entre os sistemas de gestão dos agricultores e do governo também seria desejável, mas muitos sistemas de TI do governo carecem das interfaces abertas necessárias, impedindo a transferência de dados digitais.

A interoperabilidade deve melhorar

As fazendas não são de marca única com máquinas e implementos tipicamente provenientes de vários fabricantes, mas apenas a comunicação mais simples entre trator e implemento via ISOBUS, a rede de automação em máquinas agrícolas, funciona sem problemas. A implementação de funções de rede mais complexas em um ambiente híbrido é significativamente mais desafiadora e os sistemas proprietários dos fabricantes podem dificultar a troca de dados suave. De acordo com uma pesquisa da Bitkom, mais da metade dos agricultores alemães vê a interoperabilidade como um dos maiores obstáculos à digitalização na agricultura.

“Muitos sistemas baseados em sensores, como o popular 'sensor de nitrogênio', vêm com seu próprio software e, embora cada sistema seja fácil de instalar e usar, não há uma plataforma de dados geral que reúna todos os resultados para uma visão geral simples. Isso significa que o agricultor precisa acessar cada sistema individualmente, o que muitas vezes não apenas leva tempo, mas também não dá ao agricultor a chance de ver todos os dados juntos”, diz Florian Schiller, gerente de projeto de agricultura digital do International DLG Crop Production Center.

A DLG (Sociedade Agrícola Alemã), organizadora da Agritechnica, faz parte de uma equipe internacional no projeto EU-horizon “Agricultural Interoperability and Analysis System” (ATLAS), para desenvolver uma rede de interoperabilidade aberta para permitir que qualquer sistema forneça ou recupere dados simplesmente .

A cobertura da rede é um problema

A cobertura da rede móvel continua sendo um problema em muitas regiões rurais. A digitalização exige cobertura nacional e de alto desempenho, principalmente porque os volumes de dados a serem processados ​​online e acessados ​​em tempo real estão aumentando cada vez mais. A falta de conectividade impede a comunicação entre as máquinas e com o agricultor, limitando assim os benefícios da digitalização em muitos lugares.

Big Data requer rede

A crescente coleta, armazenamento e análise de informações muitas vezes resulta em quantidades consideráveis ​​de dados, que só podem ser processados ​​de forma significativa usando a chamada análise de “Big Data”, cuja combinação e avaliação ajudam os agricultores a tomar decisões estratégicas (de longo prazo) corretas. ) e decisões operacionais (curto prazo). Os pré-requisitos para isso são, no entanto, rede sem fio robusta e acesso a recursos de nuvem suficientes.

O potencial da Inteligência Artificial

A inteligência artificial (IA) é atualmente o trending topic. Embora a IA às vezes seja controversa, os sistemas de autoaprendizagem podem ser de grande benefício para a agricultura. Os algoritmos de aprendizado de máquina podem usar anos de dados da fazenda para tornar as operações da fazenda mais transparentes. As chaves para o sucesso, adaptadas a uma fazenda específica, podem então ser derivadas, levando a melhores decisões. Por exemplo, doenças de plantas, ervas daninhas ou pragas podem ser detectadas com antecedência ou previstas, dependendo do clima, localização e outros fatores. Novos desenvolvimentos podem ser vistos em Hanover este ano.

Agritechnica 2023: Hotspot para agricultura inteligente

A agricultura é pioneira na digitalização. Soluções adequadas podem ser lucrativas, tanto para grandes quanto para pequenas fazendas. Muitas soluções digitais já estão em uso nas fazendas hoje, tornando a agricultura mais eficiente e sustentável. O potencial do mercado global para tais sistemas é enorme e os agricultores estão prontos e dispostos a fazer a troca.

A Agritechnica, a maior feira mundial de inovações agrícolas, é o local ideal para conhecer as últimas tecnologias e desenvolvimentos. É imperdível uma visita ao destaque "Smart Farming" no Hall 9, que aborda automação e conectividade na produção agrícola, onde os expositores apresentarão suas soluções de agricultura inteligente para maior eficiência e sustentabilidade. A ampla e abrangente variedade de exposições torna a Agritechnica 2023 um importante local para agricultores orientados para o futuro.