Preços do arroz voltaram a avançar no mercado interno
Demanda aquecida e vendedor firme elevam preços do arroz
A despeito da pandemia de coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 24,3% em 2020, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em valores, isso representou quase R$ 3 trilhões.
Com o resultado, o setor passou de uma representação de 20,5%, em 2019, para 26,6% de todo o PIB brasileiro. Ou seja, a pecuária e a agricultura representaram um pouco mais de 1/4 de todos os bens e serviços produzidos pelo país no ano passado.
Para consolidar esses números e mostrar um pouco a faceta dos empreendimentos que atuam com inovação no setor, a Embrapa apresentou recentemente o Radar Agtech 2020/2021, um mapeamento das startups do agro brasileiro. Após um trabalho de validação e levando em consideração critérios de inclusão e exclusão, o levantamento identificou que o Brasil tem 1.574 agtechs (startups que atuam no setor do agronegócio).
O levantamento foi realizado também pela SP Ventures, Homo Ludens Research & Consulting e teve parceria de empreendimentos com a Speedio, uma plataforma de Big Data para geração de leads B2B. A plataforma da Speedio ajudou o Radar Agtech 2020/2021 no enriquecimento de dados da base, colaborando com a classificação e identificação das agtechs.
“O agronegócio no Brasil não é uma potência mundial à toa. A aposta dos produtores na tecnologia faz com que os produtos do país, seja na agricultura ou na pecuária, se tornem referências. A Speedio possui essa sintonia com o setor porque também aposta na inovação trazida pelas análises de Big Data para encontrar os dados mais assertivos possíveis”, afirma Maucir Nascimento, especialista em Growth, Marketing e Vendas e cofundador da Speedio.
O Radar Agtech 2020/2021 sistematizou e classificou as agtechs, que foram separadas por filtros como: o trabalho antes da porteira(antes de iniciar o processo de produção); dentro da porteira (todas as startups que auxiliam na produção agrícola ou pecuária) e depois da porteira (da saída do campo para o consumidor final).
Carlos Henrique Negrão Marolla, consultor associado da Homo Ludens Research & Consulting, explica que a pesquisa identificou não somente startups que iniciaram os trabalhos recentemente, mas também empreendimentos com até 20 anos de existência e que atuam espalhados pelos quatro cantos do país.
Ele afirma que as agtechs também foram separadas por ramos de atuação como “Alimentos inovadores e novas tendências alimentares”, “Drones, Máquinas e Equipamentos”, “Fertilizantes, Inoculantes e Nutrição Vegetal” e “Genômica e Reprodução Animal”.
“Nesse pacote complexo de informações, que também levou em consideração os contatos de cada empresa, foi onde a Speedio entrou para fazer a mineração e trazer dados mais atualizados. Com essa base muito mais direcionada, nós pudemos fazer as análises e apresentar para o mercado todo esse banco de dados completo com os detalhes de cada uma das 1.574 agtechs”, diz Negrão.
O consultor salienta que o trabalho realizado pela especialista em análises em Big Data foi essencial não só para validar as credenciais informadas pelas próprias startups, mas também para encontrar os contatos que faltavam das agtechs que não deram um retorno após uma primeira abordagem.
Maucir Nascimento argumenta que as plataformas que realizam prospecção ativa utilizam, além do Big Data (que consegue acumular um banco de dados de informações públicas que estão em locais como redes sociais, sites, órgãos do Governo e outras 100 fontes), a Inteligência Artificial (IA).
Ele lembra que a ferramenta serve para checar as informações captadas, como os números telefônicos, e-mails e endereço das empresas. A IA também realiza a validação das informações.
“Para o caso de um levantamento importante e robusto como o Radar Agtech, era preciso não somente garantir que os contatos estavam corretos, mas também validar se as milhares de startups encontradas realmente atuavam no setor do agronegócio, por exemplo. E ferramentas que combinam o Big Data com a IA conseguem entregar este tipo de resultado confiável”.
O especialista em Growth, Marketing e Vendas argumenta que as análises levaram em consideração somente startups que tinham efetivamente um braço ou vertical na agricultura ou pecuária. O levantamento inicial chegou a apontar mais de 2 mil agtechs, número que acabou chegando aos 1.574 por conta de filtragens do projeto.
“Realizar a prospecção com uma ferramenta digital evita um trabalho braçal muito grande que provavelmente duraria anos para ser concluído, de encontrar e validar cada uma das empresas. Por isso, a automatização deste processo valoriza o tempo, que é um bem escasso, e ainda garante a confiabilidade de uma pesquisa como o Radar Agtech que apresentará o nosso setor agro também para governos e empresas de outros países”, finaliza Maucir.
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