Senar-MT abre terceiro processo seletivo de 2015
Em virtude da assinatura de um contrato para a oferta de uma linha específica de financiamento para a compra de máquinas e equipamentos da John Deere, o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda, esteve em Luís Eduardo Magalhães (BA). Na ocasião, foram anunciadas as mudanças administrativas realizadas pelo banco para atender as necessidades dos agricultores do oeste baiano.
O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cezar Busato, apresentou a região, seu potencial produtivo e a importância do agronegócio para a transformação da oeste da Bahia. “Nós últimos 15 anos, a área plantada cresceu 230% e a produção 329%. Esses números são o resultado de melhoramento e fertilização do solo e tecnologia, tanto de máquina quantos de insumos, além de pesquisa de variedades. Outro dado importante é que 65% do que se produz aqui, abastece os setores avícola, silvícola e pecuário do próprio estado e do Nordeste”, disse.
Baseado no senso de 2010, último realizado, Busato apresentou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios baianos, onde Barreiras ocupava o 3º lugar e Luís Eduardo Magalhães estava bem próximo. “Precisamos avançar mais com a agroindústria, juntamente com outros setores, e melhorarmos o IDH destes é dos outros municípios da região”. Ele acredita que, no próximo senso, estes números serão ainda melhores, comprovando a importância do agronegócio na geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida da população. De acordo com dados da Superintendência de estudos Econômico da Bahia (SEI), em 2014, o setor gerou 20.367 empregos diretos e 40.734 mil indiretos na região.
Os municípios de Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério são onde há o maior avanço da agricultura. Segundo Busato, para a próxima safra, será necessário um financiamento de R$ 6, 209 bilhões para que os agricultores possam formar suas lavouras. Este crédito deverá vir de bancos estatais ou privados, das tradings e do próprio produtor.
O superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócios do BNB, Luiz Sérgio Machado, apresentou as mudanças que o banco fez nas linhas de financiamento, atendendo a uma solicitação dos presidentes da Abrapa e da Aiba, que em outubro estiveram em Brasília com o presidente do BNB.
Os principais pontos foram:
- Prorrogação do vencimento de todos os limites de risco de crédito até o fim do ano; sobretudo no oeste da Bahia, em função do calendário agrícola , onde eles terão validade até 31 de janeiro de 2016; exceto nos casos em que a nota de risco do agricultor aumentou;
- Reavaliação da metodologia de definição e limite para operação de câmbio, passando de uma para duas vezes a receita operacional líquida para efeito limite;
- Liberação da segunda parcela de custeio com a comprovação parcial da quitação da parcela anterior, porém a terceira parcela só será liberada após a comprovação do pagamento total das duas parcelas anteriores. Despensa do parecer técnico para a aquisição de máquinas agrícolas e equipamentos
- Renovação automática de limite de risco global;
- Criação de ações específicas para clientes de primeira linha, ou seja, àqueles que têm nota de risco acima de oito, que operam com o BNB há mais de cinco anos e que não têm nenhum risco de atraso. “Estes terão um sistema simplificado de tomada de crédito, como a dispensa de apresentação de carta proposta, liberação da primeira parcela para compra de insumos e químicos, até R$ 500 mil, sem comprovação financeira prévia”, explicou Machado.
- Criação do FNE Armazenagem, cujo prazo de financiamento passou de 12 para 15 anos;
- Mobilização de equipes do BNB em toda a Bahia para agilizar a aprovação de crédito para o Cerrado;
- Implantação da solicitação de crédito pela internet em substituição ao formulário padrão;
- Autorização para a utilização de 70% do limite de crédito de custeio para fins de comercialização.
“O estilo do banco é sempre de escutar e está aqui uma demanda específica atendida. Meu compromisso e o do banco é, fundamentalmente, com resultado. Não importa se vai ser via crédito regional, via a utilização e tecnologia ou simplificação de processos e concessão de crédito. Essa é uma parceria público-privada pra valer, onde o setor produtivo, governo do estado e os bancos participam e constroem”, disse o presidente do BNB encerrando o evento.
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