Sustentabilidade e produtividade são as propostas do Curso de Especialização em Manejo do Solo promovido pela ESALQ/USP
Evento acontece em Maracaju, MS
A australiana AgBiTech oficializa esta semana no Congresso Brasileiro de Entomologia, em Gramado (RS), o início da operação comercial da empresa no País. A companhia mostra no evento quatro lagarticidas à base de baculovírus, para uso nos principais sistemas de produção brasileiros. As marcas Surtivo Soja, Armigen, Cartugen e Chrysogen chegam aos produtores após dois anos de fortes investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento e ensaios a campo realizados na fronteira agrícola.
De acordo com seu diretor para a América Latina, o executivo brasileiro Adriano Vilas Boas, a AgBiTech colocou os pés no País há cinco anos, ao licenciar um inseticida biológico para o Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), no auge de uma infestação de Helicoverpa armigera. Nascida na Austrália, no ano 2000, a AgBiTech concentra um dos principais investimentos do fundo de Private Equity americano Paine Schwartz Partners, hoje com US$ 1,9 bilhão aportado em 42 empreendimentos.
Vilas Boas acrescenta que a AgBiTech “é resultante da combinação de longa experiência a campo, inovação científica e desenvolvimento tecnológico”.
Em 2015, a AgBiTech transferiu sua sede para os Estados Unidos, onde construiu, no Texas, a mais moderna fábrica de baculovírus do mundo, com capacidade para atender a uma demanda inicial de 15 milhões de hectares de lavouras tratadas.
O CTO (Chief Tecnology Officer) e fundador da AgBiTech, o executivo australiano Anthony Hawes, que está em Gramado para o Congresso de Entomologia, afirma que a empresa conta com unidades cuja modernidade permite expandir a produção e atender plenamente a um eventual aumento na demanda por baculovírus nas grandes propriedades brasileiras.
Já em sua chegada ao Brasil, continua Hawes, a empresa apresenta ao agronegócio o revolucionário lagarticida Surtivo Soja, indicado ao controle das lagartas Helicoverpa armígera e Chrysodeixis includens. Trata-se, segundo ele, da primeira pré-mistura de baculovírus desenvolvida no mundo para manejo de pragas.
A tecnologia de Surtivo Soja, de acordo com Hawes, vem sendo testada no Brasil há dois anos, com a participação de grandes produtores unidos a cientistas de universidades e órgãos oficiais.
Vice-presidente global da AgBiTech, a entomologista Paula Marçon enfatiza que o desenvolvimento do novo produto envolveu mais de 150 experimentos de larga escala nas regiões da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
“Na Bahia, onde a pressão de Chrysodeixis includens em soja convencional tem sido significativa, o manejo com uma única aplicação de Surtivo Soja trouxe controle superior ao obtido no programa padrão do produtor, em que foram feitas múltiplas aplicações de inseticidas químicos”, complementa Paula.
Além de Surtivo Soja, o agricultor brasileiro também passa a contar na safra 2018-2019 com os lagarticidas Armigen, Cartugen e Chrysogen. O primeiro é recomendado no controle de lagartas dos gêneros Helicoverpa e Heliothis; o segundo tem como alvo a lagarta Spodoptera frugiperda e o terceiro à lagarta Chrysodeixis includens. Outros dois novos produtos da empresa, que controlam também a lagarta Spodoptera eridania, têm lançamento previsto para a safra 2019-20.
Vilas Boas revela ainda que a expectativa da AgBiTech Brasil é a de assumir até 2021 a primeira posição do mercado de bioinseticidas para controle de lagartas. Projeções da indústria indicam que num período de cinco a dez anos esses produtos deverão movimentar entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões.
“Os baculovírus trazem mais eficácia ao controle da lagarta Spodoptera. Esses produtos reduzem o número de aplicações de químicos e prolongam o período de controle da população dessa lagarta que é hoje um dos ‘gargalos’ da agricultura brasileira”, observa o professor-doutor Geraldo Papa, da Unesp de Ilha Solteira, que integra a equipe de cientistas colaboradores da AgBiTech Brasil.
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