Abrapa leva compradores do algodão brasileiro para conhecer as principais etapas da produção da commodity na Bahia, Goiás e Mato Grosso

Um grupo de 25 representantes de seis países – Vietnã, Bangladesh, China, Turquia, Colômbia e Indonésia – convidados pela Abrapa visita os três maiores estados produtores

27.08.2018 | 20:59 (UTC -3)
Catarina Guedes

Um grupo de 25 representantes de seis países – Vietnã, Bangladesh, China, Turquia, Colômbia e Indonésia – convidados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) – visita os três maiores estados produtores da pluma no Brasil, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro. Trata-se da Missão Compradores 2018, iniciativa que vem sendo realizada há quatro anos pela entidade para apresentar ao mercado global o modelo nacional de produzir algodão, que se caracteriza pelas altas produtividades e práticas sustentáveis. Nesta edição, a expedição acontece em meio à colheita da safra 2017/2018, já considerada um recorde de produção, que deve fechar em 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Os visitantes estrangeiros saíram na segunda-feira (27) de São Paulo, e seguem para Bahia, Goiás e Mato Grosso. Em cada estado, a Abrapa conta com o suporte das associadas, respectivamente, Abapa (BA), Agopa (GO) e Ampa (MT). A programação em cada parada inclui visita às lavouras, usinas de beneficiamento (algodoeiras), laboratórios de classificação de algodão e fiação. Em Brasília, além da sede da Abrapa, o grupo vai conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).

Os países participantes, majoritariamente asiáticos, estão entre os maiores compradores do algodão brasileiro, escolhidos juntamente a cinco tradings que mediam os negócios com a commodity: Ecom, Reinhart, Cofco, Louis Dreyfus e Cargill. Dentre os participantes, estão empresários e executivos de grandes indústrias têxteis.

“A cada edição, a Missão Compradores se supera. Este ano, estamos realizando a maior de todas já empreendidas, desde 2015. É uma ação comercial e diplomática que tem se mostrado muito eficaz, porque não tem propaganda melhor do nosso algodão que trazer o comprador para conferir in loco como ele é produzido”, diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, lembrando que, nesta safra, 2017/2018, o Brasil galgou um novo patamar no ranking dos maiores exportadores mundiais da commodity, alcançando o terceiro lugar, que antes era ocupado pela Austrália. À frente dele, Estados Unidos e Índia. No ranking da produção, o país ocupa o quarto lugar, antecedido pela Índia (1º), China (2º) Estados Unidos (3º) e Paquistão (4º).

Moura ressalta que a experiência em campo sempre deixa os visitantes impressionados. “A cotonicultura brasileira é muito profissional. Incorpora tecnologia em todas as suas etapas e isso se traduz em processos bonitos de serem vistos. Este ano, com muito orgulho, devemos bater um novo recorde na produção nacional, de 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma, ante a marca alcançada em 2011, de 1,959 milhão de toneladas”, afirma Arlindo Moura.


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