​ABITRIGO propõe Termo de Cooperação entre Brasil e Argentina

Representantes das indústrias moageiras nacionais receberam comitiva argentina para debater assuntos bilaterais sobre o setor

03.06.2017 | 20:59 (UTC -3)
Kelly Viana

Os executivos da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO) receberam em São Paulo, na sede da entidade, na última quarta-feira, 31 de maio, comitiva argentina composta pelo subsecretário de Agricultura da Argentina Luis María Urriza e também por Leonardo Sarquis, ministro de Agroindústria da Província de Buenos Aires, entre outras autoridades da cadeia do trigo de ambos os países. Uma das pautas que compuseram a agenda do encontro foi a proposta de um Termo de Cooperação bilateral

Na oportunidade, os presentes debateram os pontos sugeridos para a formação de um grupo de trabalho permanente com representantes do setor, da iniciativa privada e do governo. O objetivo é promover uma dinâmica de dois encontros ao ano, um no Brasil outro na Argentina, para discussão das necessidades específicas de cada país.

A qualidade do trigo argentino – com destaques para o incremento de 20% da área de plantio, melhora nos indicadores de proteína frente à safra passada e a implementação das boas práticas agrícolas no uso de tecnologia no campo –, além das questões regulatórias foram outros pontos tratados durante o encontro.

“Houve o entendimento por ambos os lados sobre a necessidade de um esforço maior, com uma colaboração mais efetiva para tratar das diferenças entre as regulamentações”, explica Rubens Barbosa, presidente da ABITRIGO. Em complemento, o subsecretário de Agricultura da Argentina Luis María Urriza e Leonardo Sarquis, ministro de Agroindústria da Província de Buenos Aires, enfatizaram a necessidade de os governos estarem dispostos a esta colaboração. “A convergência deve respeitar as regras impostas pela ANVISA e deve acontecer em todo MERCOSUL”, conclui Barbosa.

Somente no primeiro trimestre deste ano, os argentinos exportaram 1.322.915 toneladas de trigo para a indústria brasileira, que representa 80% do total (1.663.957 ton) importado pelo país. As expectativas de vendas do cereal para o Brasil podem aumentar de acordo com o equilíbrio entre preço e qualidade

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