Volume e faturamento do complexo de soja serão menores em 2019
Cenário no mercado internacional não será favorável para os produtores brasileiros
O Fórum Técnico da programação da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz trouxe temas com o objetivo de auxiliar o produtor a mitigar os riscos que envolvem a atividade, por meio do conhecimento. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, abriu os trabalhos na quarta-feira (20/02).
O Painel “O arroz irrigado na metade sul do Rio Grande do Sul e a necessidade de diversificar”, que deu início às palestras, teve como moderador o produtor rural Gustavo Lara, que destacou a rotação de culturas para melhorar o resultado das lavouras. Também enfocou o Projeto 10+, que foi apresentado por Luciano Carmona, coordenador técnico do projeto. Carmona falou sobre a revolução agronômica, aumentando o rendimento, melhorando a produtividade e impactando positivamente na eficiência e eficácia da lavoura.
Na palestra “Prioridades para atingir a estabilidade produtiva de soja em terras baixas”, o pesquisador da Embrapa, Giovani Theisen, abordou sugestões de manejo na instalação da lavoura. “Os produtores devem ficar atentos quanto à época de semeadura que deve ocorrer entre 21 de outubro e 15 de novembro, à densidade das plantas, que deve ser em torno de 300 mil por hectare. Já em termos de cultivares, pensando em terras baixas, devem ser utilizadas as de ciclo médio”, destacou, lembrando que a drenagem também é importante no período de inverno e não somente no momento em que a soja está na lavoura.
O painel sobre “Segredos e Particularidades do Plantio na Várzea”, destacou novas tecnologias. Falaram o vice-presidente de Vendas e Marketing da AGCO na América do Sul, Werner Santos, o gerente divisional de vendas da John Deere, Eduardo Martini, o vice-presidente da New Holland na América do Sul, Rafael Manfroi Miotto, e o engenheiro agrônomo da consultoria agrícola Porteira Adentro, Enio Krunt Junior. O moderador foi o diretor de produção da Formosa Agropecuária, Alberto Giulliani Neto.
De acordo com o pesquisador da Embrapa, Jamir Silva, é preciso, cada vez mais, racionalizar os insumos para o aumento da produção e a diminuição dos custos. Silva, que apresentou o painel “Integração Lavoura e Pecuária, desafio que já é realidade”, disse que é preciso trabalhar com efeito de sinergia.Em relação às pastagens, o agrônomo afirmou que o animal, mais do que ser importante, é necessário para recuperar o estoque de carbono. Nesse contexto, avalia Silva, há uma devolução de 70% a 90% dos nutrientes, estimulando a microatividade do solo. O especialista ainda avaliou que um sistema integração é a oportunidade de aproveitar o sinergismo nas interligações dos componentes na mesma área sendo, portanto, bem mais do que uma integração entre culturas.
O Fórum Técnico se encerrou com o painel “As forrageiras a serviço da sustentabilidade dos sistemas produtivos de arroz”. O engenheiro agrônomo Giovanni Fernandes alertou que no ambiente forrageiro não há uma uniformização da semente. “O produtor usa a mais acessível, a mais barata, não faz investimentos necessários para ter o máximo rendimento”, lamentou.
A Abertura Oficial da Colheita do Arroz tem o tema “Matriz Produtiva: Atividade Diversificada, Renda Ampliada”. O evento conta com Patrocínio Premium do Irga e Ministério da Agricultura, correalização da Embrapa e realização da Federarroz. Ocorre na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, na região de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul.
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