Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV)

22.09.2025 | 16:04 (UTC -3)
Foto: Florida Division of Plant Industry
Foto: Florida Division of Plant Industry

O Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV) é um dos desafios fitossanitários enfrentados pela tomaticultura mundial nas últimas décadas. O patógeno, viral, pertence à família Geminiviridae e ao gênero Begomovirus.

Reino: Riboviria

Filo: Cressdnaviricota

Classe: Repensiviricetes

Ordem: Geplafuvirales

Família: Geminiviridae

Gênero: Begomovirus

Espécie: Tomato yellow leaf curl virus

Características biológicas

Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV) apresenta características biológicas que o tornam particularmente eficaz como patógeno.

Seu genoma circular de DNA fita simples, com aproximadamente 2,8 kb, demonstra uma organização genômica extremamente compacta e eficiente. A presença de seis genes organizados em orientação ambissense permite a máxima utilização do espaço genômico limitado, codificando proteínas essenciais para replicação, movimento, encapsidamento e supressão das defesas do hospedeiro.

Essa economia genômica reflete milhões de anos de co-evolução com seus hospedeiros vegetais e vetores.

A estratégia de replicação do TYLCV, baseada no mecanismo de círculo rolante e dependente da maquinaria celular do hospedeiro, representa uma solução evolutiva elegante para um organismo com recursos genômicos limitados.

Ao induzir a planta a entrar na fase S do ciclo celular e utilizar as DNA polimerases do hospedeiro, o vírus maximiza sua eficiência replicativa minimizando seus próprios recursos.

Simultaneamente, suas proteínas supressoras de silenciamento gênico demonstram a sofisticada guerra molecular travada entre patógeno e hospedeiro, onde cada organismo desenvolve estratégias cada vez mais refinadas para superar as defesas do outro.

Dinâmica epidemiológica

A ecologia do Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV) revela um sistema complexo de interações entre vírus, vetor, hospedeiro e ambiente.

A dependência da mosca-branca Bemisia tabaci para transmissão cria uma relação trilateral que define os padrões epidemiológicos da doença. Esta especificidade, resultado de co-evolução, torna-se simultaneamente uma vulnerabilidade e uma força do sistema patogênico.

Por um lado, a dependência de um único vetor pode limitar a disseminação em ausência de populações adequadas da mosca-branca; por outro, a eficiência da transmissão persistente garante alta probabilidade de disseminação quando as condições são favoráveis.

A ampla gama de hospedeiros do TYLCV, incluindo não apenas solanáceas cultivadas mas também numerosas plantas daninhas e espécies silvestres, proporciona ao vírus múltiplas estratégias de sobrevivência e reservatórios para reinfestação. Esta diversidade de hospedeiros alternativos complica significativamente as estratégias de manejo, uma vez que a eliminação do patógeno de um agroecossistema requer não apenas o controle na cultura principal, mas também o manejo de toda a vegetação hospedeira presente no entorno.

Os fatores climáticos exercem influência determinante na dinâmica do TYLCV, estabelecendo os limites geográficos de sua ocorrência e definindo padrões sazonais de incidência.

A dependência de temperaturas elevadas tanto para o desenvolvimento do vetor quanto para a replicação viral explica sua distribuição predominante em regiões tropicais e subtropicais.

Contudo, as mudanças climáticas globais têm alterado estes padrões, facilitando a expansão do vírus para regiões anteriormente limitantes e intensificando sua pressão em áreas já afetadas.

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