Plasmopara viticola

16.09.2025 | 13:49 (UTC -3)
Foto: University of Georgia
Foto: University of Georgia

Plasmopara viticola causa a doença popularmente conhecida como míldio da videira. Embora frequentemente confundida com um fungo, sua taxonomia a coloca no reino Chromista, como um oomiceto.

Domínio: Eukaryota

Clade: SAR (Stramenopiles, Alveolates, Rhizaria)

Clade: Stramenopiles

Clade: Pseudofungi

Classe: Oomycetes

Ordem: Peronosporales

Família: Peronosporaceae

Gênero: Plasmopara

Espécie: P. viticola

Do ponto de vista taxonômico, Plasmopara viticola pertence a um grupo de organismos mais relacionados às algas do que aos fungos verdadeiros. Essa distinção explica a composição de sua parede celular à base de celulose e a presença de esporos móveis, os zoósporos.

Essa característica biológica não é apenas uma curiosidade científica; ela tem implicações práticas profundas, pois fungicidas desenvolvidos para combater fungos tradicionais muitas vezes não são eficazes contra o míldio.

A biologia de Plasmopara viticola é um ciclo perfeitamente adaptado ao seu hospedeiro e ao ambiente. O patógeno sobrevive ao inverno como oósporos, estruturas de resistência presentes nas folhas caídas.

Na primavera, com o aumento da temperatura do solo e a presença de chuvas, os oósporos germinam, liberando zoósporos que infectam as novas folhas da videira. A partir dessa infecção primária, o ciclo se torna explosivo.

Em condições de alta umidade e temperaturas amenas, o patógeno produz novos esporos em apenas alguns dias, espalhando-se rapidamente e causando infecções secundárias em uma escala epidêmica.

Essa dependência crítica de água e temperatura faz com que a ecologia da doença seja intrinsecamente ligada ao clima, tornando o míldio um problema particularmente grave em regiões de cultivo com verões quentes e úmidos.

As interações ecológicas de P. viticola são a base para o seu controle. Sendo um parasita obrigatório, o míldio só pode prosperar em tecidos vivos da videira. A suscetibilidade varia entre as espécies de videira, sendo Vitis vinifera (europeia) consideravelmente mais vulnerável do que as variedades americanas, que co-evoluíram com o patógeno. Esse fato é explorado no melhoramento genético para desenvolver cultivares mais resistentes.

No manejo prático, o monitoramento meteorológico é a principal ferramenta. Os produtores utilizam modelos de previsão para identificar o risco de infecção, permitindo a aplicação de tratamentos preventivos de forma precisa, evitando a proliferação da doença antes que ela cause danos irreversíveis aos cachos de uva.

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