Bidens spp.

22.01.2025 | 07:40 (UTC -3)

O gênero Bidens spp. é amplamente conhecido no Brasil pelo nome popular picão-preto.

As duas espécies mais comuns que causam impacto agrícola são Bidens pilosa e Bidens subalternans.

Outra espécie, Bidens alba, é encontrada em menor frequência, especialmente em regiões litorâneas

Culturas infestadas

O picão-preto é uma planta daninha que ocorre em diversas culturas agrícolas, incluindo:

  • Grãos: soja, milho e trigo.
  • Hortaliças: alface, tomate e batata.
  • Cultivos perenes: café e cana-de-açúcar.
  • Pastagens: áreas de manejo inadequado.

A capacidade de adaptação da espécie permite sua disseminação em diferentes sistemas de cultivo, representando desafios para os agricultores.

Biologia

As espécies Bidens pilosa e Bidens subalternans são herbáceas anuais, que se reproduzem por sementes.

Elas apresentam caule ereto e anguloso, variando de 30 cm a 1,2 m de altura.

As folhas possuem margens serrilhadas, e a pilosidade é variável entre as espécies.

Os frutos, denominados aquênios, são responsáveis pela dispersão eficiente, sendo caracterizados pela presença de aristas pontiagudas.

A espécie Bidens pilosa apresenta predominantemente três aristas, enquanto Bidens subalternans possui geralmente quatro aristas, com menor pilosidade.

As flores também se diferenciam: brancas em B. pilosa e amarelas em B. subalternans.

Condições de desenvolvimento

O picão-preto apresenta alta plasticidade fenotípica, o que permite sua adaptação a diferentes condições ambientais. As principais condições favoráveis ao seu desenvolvimento incluem:

  • Temperatura: clima tropical e subtropical, com ampla distribuição em todas as regiões do Brasil.
  • Solo: prefere solos férteis e com boa disponibilidade de nutrientes, mas pode se estabelecer em ambientes degradados.
  • Luminosidade: adaptável tanto a áreas de pleno sol quanto sombreadas.
  • Ciclo de vida: apresenta grande variação nas épocas de florescimento e frutificação, permitindo sua presença ao longo do ano.

Controle

O controle do picão-preto exige estratégias integradas devido à sua resistência a herbicidas, especialmente aos inibidores da enzima ALS (Acetolactato Sintase). As principais práticas de manejo incluem as seguintes...

  • Controle químico: uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, respeitando a rotação de princípios ativos. A aplicação deve ocorrer em estágios iniciais de desenvolvimento da planta para maior eficiência.
  • Controle cultural: rotação de culturas para reduzir a pressão de seleção. E uso de coberturas vegetais para suprimir a emergência das plantas daninhas.
  • Controle mecânico: capina manual em áreas menores; uso de roçadas em locais de grande infestação.

A resistência do picão-preto ao glifosato tem sido um desafio crescente para os produtores, exigindo monitoramento constante e a adoção de boas práticas agrícolas para minimizar os impactos na produção.

Para saber mais sobre Bidens spp, clique em:

Para saber quais pesticidas estão registrados para controle, clique em:

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