Como fazer a nutrição e o preparo para colheita do café
É possível garantir produtividade e diminuir os gargalos com o planejamento de uma nutrição correta do cafezal
O número de associados à RTRS subiu para 197 e nossa conferência anual RT12 contou com 180 participantes - um sucesso estrondoso. O nosso desafio permanente, no entanto, é aumentar a escala e o alcance de nossas atividades, para nos tornarmos mais do que apenas um padrão global de soja responsável. Ao mesmo tempo, precisamos fortalecer o papel de "balcão único" da RTRS, reunindo os atores da soja responsável e promovendo um debate vital para o setor. Precisamos transformar o mercado e o setor para atender às exigências dos nossos stakeholders.
Como a nova Presidente da RTRS, a minha prioridade será, naturalmente, fomentar o nosso histórico de sucesso e apoiar nossa equipe e nossos associados, com o objetivo de ampliar a oferta e a demanda por soja responsável. Podemos fazer isso, em primeira instância, aumentando a intensidade e a proatividade do trabalho com os nossos associados para promover a soja responsável mais frequentemente e com a maior veemência possível. Isso significa mais diálogo, conversas mais contundentes e colaboração no trabalho para concretizar nossa visão. É por isso que somos uma "mesa redonda" - este é um assunto fundamental.
Precisamos de ações relevantes. A demanda global por soja - a maior parte destinada à alimentação animal – não para de aumentar. Uma estimativa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) indica que a demanda por soja será quase o dobro em 2050. Nos últimos 50 anos, a quantidade de terra dedicada ao cultivo da soja no mundo aumentou dez vezes. Grande parte desse cultivo se concentra na América do Sul, muitas vezes à custa de alguns dos ecossistemas naturais mais importantes do planeta. Esta pressão contínua é mais uma indicação da importância da soja responsável.
Nossa parceria - a RTRS - começou em 2006, com a crença de que poderíamos transformar dramaticamente esse mercado e garantir um futuro mais sustentável para essas paisagens naturais tão preciosas. Desde então, o nosso padrão e nossos esforços contínuos de aprimoramento levaram à inclusão de questões sociais e ambientais, como o desmatamento zero, em nosso processo de certificação. Nós agora oferecemos um padrão de soja verdadeiramente responsável que os atores do mercado global podem utilizar como ferramenta para ajudá-los a honrar seus compromissos públicos.
Precisamos, agora, adentrar a próxima fase do nosso processo de crescimento e desenvolvimento. Além de gerar mais demanda, principalmente na Europa, vamos firmar ainda mais alianças estratégicas com governos, ONGs e marcas de consumo para fortalecer o apelo à responsabilidade em todos os pontos da cadeia - do campo ao garfo. Vamos apoiar "forças-tarefa" nacionais e específicas em mercados individuais. Vamos angariar recursos para novos projetos. Vamos continuar trabalhando para ser uma mesa redonda que reúne todos os atores do mundo da soja para discutir os assuntos que importam.
A importância da ponte entre a América do Sul e a Europa é (e continuará sendo) crítica. No território europeu, a demanda é gerada para um nível de oferta que sabemos que nossos produtores são capazes de cobrir. O nosso modelo é comprovado. Os desafios são as demandas cada vez maiores sobre a terra e o crescimento da população. Além disso, muitos consumidores simplesmente não percebem o quanto a soja faz parte dos produtos que adquirem - principalmente de carnes e laticínios.
A RTRS continuará trabalhando para coordenar e reunir parceiros. Podemos atuar para garantir sinergias e evitar sobreposições entre os esforços globais para fazer da soja um produto mais responsável. Podemos trabalhar mais com os governos, onde for necessário, e nos aprofundar em novos mercados - como a Ásia.
Também podemos defender e promover as melhores práticas. Nos Países Baixos há forte apoio às ações no setor da soja, inclusive por parte do governo.
Desde o lançamento da RTRS, há mais de uma década, houve diversas interações dos padrões e programas de sustentabilidade voltados para a soja. Esta é uma marca do nosso sucesso. À medida que trabalhamos cada vez mais para fortalecer o nosso posicionamento em matéria de desmatamento zero, direitos trabalhistas e direitos dos usuários locais da terra, nós elevamos o patamar de referência a ser adotado pelos demais. O nosso trabalho não acaba; o padrão que definimos, muitas vezes em colaboração com outros padrões, é visto pelo mercado global como ponto de referência para a soja responsável.
O nosso sucesso depende do avanço dessa conversa tão importante, e de trazermos novos atores para o mercado, impulsionarmos a demanda e, através da combinação de nossos esforços, nos tornarmos um ponto focal para os esforços de todos os atores em prol desse importante objetivo.
Nas prateleiras de nossos supermercados, há cada vez mais demanda por transparência, sustentabilidade e condições dignas de trabalho. As principais marcas de consumo estão se aliando à RTRS, assim como ONGs de atuação global, produtores e os principais atores da indústria de alimentação animal. Sabemos que a expansão da soja responsável é boa para os produtores, para o meio ambiente, para os consumidores e para as empresas que têm visão e sabem que a RTRS é um fórum - aberto e com diversas partes interessadas - em que podem confiar. A história está do nosso lado.
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O tema “resistência” já faz parte do dia-a-dia dos produtores há certo tempo, quando a soja era convencional e plantas de leiteiro (Euphorbia heterophylla), picão-preto (Bidens pilosa) não eram mais controlada