Scutigerella immaculata

07.01.2025 | 09:18 (UTC -3)

Scutigerella immaculata é popularmente conhecida como sínfilo ou centopeia-do-solo, devido à sua aparência semelhante a lacraias e piolhos-de-cobra, embora pertença à classe Symphyla.

Este artrópode exótico tem sido uma preocupação crescente nas lavouras de soja e outras culturas no Brasil.

Culturas atacadas

Essa espécie tem uma ampla gama de hospedeiros, incluindo culturas agrícolas de grande relevância econômica, como beterraba, milho, arroz, batata, abacaxi e soja.

No Brasil, sua presença foi registrada com maior intensidade nas regiões do MAPITOPA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará), causando danos significativos às lavouras de soja nos últimos anos.

Biologia

Scutigerella immaculata é um artrópode de corpo segmentado e coloração branca, com cerca de 8 mm de comprimento na fase adulta.

Os adultos possuem 12 pares de pernas, sendo adicionados progressivamente em cada muda desde os estágios juvenis, que começam com 6 pares.

Os ovos, pequenos e brancos, são depositados no solo em grupos de 8 a 12 unidades, geralmente próximos a musgos e líquens.

O ciclo de vida dessa praga varia entre 2 a 3 meses em temperaturas de cerca de 27°C.

Ecologia

Esses artrópodes são habitantes do solo, movendo-se rapidamente e utilizando as partículas do solo para se esconder.

Apesar de não voarem, sua capacidade de dispersão terrestre permite que se espalhem facilmente em novas áreas agrícolas.

Alimentam-se de raízes e sementes, especialmente em grandes populações, o que as torna pragas de relevância em regiões de produção agrícola.

Danos

Os ataques de Scutigerella immaculata são especialmente severos em plantas recém-germinadas. Eles danificam as raízes, reduzindo a germinação, o crescimento radicular e a emergência das plântulas, resultando em nanismo, perda de estande e, em casos extremos, morte das plantas.

Seus danos muitas vezes são confundidos com os causados por nematoides, mas podem ser identificados por inspeções cuidadosas das raízes e do solo.

Controle

O manejo dessa praga requer uma abordagem integrada, incluindo:

  • Tratamento de sementes (TS): misturas de inseticidas, como neonicotinóides combinados com piretróides, têm mostrado eficácia. Por exemplo, o tratamento com lambdacialotrina e neonicotinóide (T7) apresentou os melhores resultados em estudos de campo.
  • Rotação de culturas e manejo do solo: essas práticas ajudam a reduzir populações da praga no solo entre safras.
  • Amostragem e monitoramento: métodos como iscas com batatas e contagem direta em raízes são essenciais para identificar infestações e avaliar a eficácia do manejo.

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