Priestia megaterium (anteriormente conhecida como Bacillus megaterium) é uma bactéria Gram-positiva, aeróbica, formadora de esporos, amplamente distribuída em solos e usada na agricultura como agente biológico sustentável.
Ela atua principalmente como biofertilizante, promotor de crescimento vegetal (PGPR - Plant Growth-Promoting Rhizobacteria) e agente de biocontrole, contribuindo para a solubilização de nutrientes como fósforo e potássio, fixação de nitrogênio e aumento da tolerância a estresses abióticos (como salinidade e seca).
Seu uso promove práticas agrícolas ecológicas, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos e minimizando impactos ambientais.
Sinônimos: Bacillus megaterium (nome usado até 2020, quando foi reclassificada para o gênero Priestia pela família Priestiaaceae). Outros sinônimos incluem Bacillus megatherium (variação ortográfica histórica). Dulia PRO, Megateryd FR 25, Bio Solubilize e outros (produtos comerciais)
Lançamento de produtos: seu uso comercial em agricultura a partir da década de 1990, com formulações como biofertilizantes. O primeiro registro amplo de inoculantes comerciais data de meados dos anos 1980-1990, impulsionado por estudos em biotecnologia agrícola. A reclassificação para Priestia ocorreu em 2020, mas não alterou seu uso prático.
Desenvolvimento de produtos: descoberta em 1884 por Anton de Bary como Bacillus megaterium, isolada de solos. Nos anos 1980, tornou-se modelo para estudos em bioquímica e esporulação em bactérias Gram-positivas. Seu desenvolvimento para agricultura começou nos anos 1990, com foco em solubilização de fosfato e promoção de crescimento vegetal. Nos últimos 30 anos, foi sistematicamente otimizada para aplicações biotecnológicas, incluindo produção de proteínas recombinantes e biofertilizantes. Em 2020, reclassificada para Priestia megaterium por Gupta et al., baseada em análises filogenômicas. Hoje, é comercializada em produtos como "Naturost-M" (baseado na cepa B-4801) e inoculantes para culturas como soja, tomate e milho, com ênfase em sustentabilidade.
Modos de ação: vários são identificados pela literatura em zonas agrícolas.
- Solubilização de nutrientes: produz ácidos orgânicos (ex.: gluconico, cítrico) que acidificam o solo, liberando P e K insolúveis para absorção pelas plantas.
- Promoção de crescimento: sintetiza fitohormônios como auxina (IAA), giberelinas e citocininas, estimulando o desenvolvimento radicular e aéreo.
- Fixação de nitrogênio: algumas cepas fixam N atmosférico via nitrogenase.
- Biocontrole: produz lipopeptídeos antimicrobianos (surfactina, iturina, fengicina) que inibem patógenos como Rhizoctonia solani e fungos fitopatogênicos; também induz resistência sistêmica em plantas via regulação de genes antioxidantes.
- Tolerância a estresse: aumenta a resiliência a salinidade, seca e metais pesados, via produção de exopolissacarídeos e enzimas como superóxido dismutase.
Patentes para uso agrícola: CN110358697B, CN105018393B, WO2019028290A1, US20200361942A1 e outras.