Priestia megaterium

23.10.2025 | 16:57 (UTC -3)
Foto: Manfred Rohde e outros - doi.org/10.1007/s00253-021-11424-6
Foto: Manfred Rohde e outros - doi.org/10.1007/s00253-021-11424-6

Priestia megaterium (anteriormente conhecida como Bacillus megaterium) é uma bactéria Gram-positiva, aeróbica, formadora de esporos, amplamente distribuída em solos e usada na agricultura como agente biológico sustentável.

Ela atua principalmente como biofertilizante, promotor de crescimento vegetal (PGPR - Plant Growth-Promoting Rhizobacteria) e agente de biocontrole, contribuindo para a solubilização de nutrientes como fósforo e potássio, fixação de nitrogênio e aumento da tolerância a estresses abióticos (como salinidade e seca).

Seu uso promove práticas agrícolas ecológicas, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos e minimizando impactos ambientais.

Sinônimos: Bacillus megaterium (nome usado até 2020, quando foi reclassificada para o gênero Priestia pela família Priestiaaceae). Outros sinônimos incluem Bacillus megatherium (variação ortográfica histórica). Dulia PROMegateryd FR 25Bio Solubilize e outros (produtos comerciais)

Lançamento de produtos: seu uso comercial em agricultura a partir da década de 1990, com formulações como biofertilizantes. O primeiro registro amplo de inoculantes comerciais data de meados dos anos 1980-1990, impulsionado por estudos em biotecnologia agrícola. A reclassificação para Priestia ocorreu em 2020, mas não alterou seu uso prático.

Desenvolvimento de produtos: descoberta em 1884 por Anton de Bary como Bacillus megaterium, isolada de solos. Nos anos 1980, tornou-se modelo para estudos em bioquímica e esporulação em bactérias Gram-positivas. Seu desenvolvimento para agricultura começou nos anos 1990, com foco em solubilização de fosfato e promoção de crescimento vegetal. Nos últimos 30 anos, foi sistematicamente otimizada para aplicações biotecnológicas, incluindo produção de proteínas recombinantes e biofertilizantes. Em 2020, reclassificada para Priestia megaterium por Gupta et al., baseada em análises filogenômicas. Hoje, é comercializada em produtos como "Naturost-M" (baseado na cepa B-4801) e inoculantes para culturas como soja, tomate e milho, com ênfase em sustentabilidade.

Modos de ação: vários são identificados pela literatura em zonas agrícolas.

  • Solubilização de nutrientes: produz ácidos orgânicos (ex.: gluconico, cítrico) que acidificam o solo, liberando P e K insolúveis para absorção pelas plantas.
  • Promoção de crescimento: sintetiza fitohormônios como auxina (IAA), giberelinas e citocininas, estimulando o desenvolvimento radicular e aéreo.
  • Fixação de nitrogênio: algumas cepas fixam N atmosférico via nitrogenase.
  • Biocontrole: produz lipopeptídeos antimicrobianos (surfactina, iturina, fengicina) que inibem patógenos como Rhizoctonia solani e fungos fitopatogênicos; também induz resistência sistêmica em plantas via regulação de genes antioxidantes.
  • Tolerância a estresse: aumenta a resiliência a salinidade, seca e metais pesados, via produção de exopolissacarídeos e enzimas como superóxido dismutase.

Patentes para uso agrícola: CN110358697B, CN105018393B, WO2019028290A1, US20200361942A1 e outras.

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