O fungo Microsphaera diffusa é conhecido por causar o oídio da soja. Essa doença é amplamente identificada em diversas regiões produtoras do Brasil.
Culturas atacadas
O fungo afeta principalmente a soja. No entanto, também pode infectar outras espécies de leguminosas. Cultivares suscetíveis de soja são particularmente vulneráveis, com impactos severos na produtividade.
Sintomas
Os primeiros sinais do oídio incluem uma camada fina e pulverulenta de micélio e esporos brancos, que inicialmente aparecem como pequenos pontos nas folhas.
Em condições severas, essa camada pode cobrir toda a parte aérea da planta, incluindo hastes e pecíolos.
Nas folhas, a coloração branca evolui para tons castanho-acinzentados, causando aparência de sujeira. A infecção prejudica a fotossíntese, resultando em folhas secas e queda prematura.
Nas hastes e pecíolos, observa-se uma tonalidade branca que pode variar para bege. Em casos extremos, cultivares suscetíveis podem apresentar rachaduras nas hastes e engrossamento do lenho.
Etiologia e características
Microsphaera diffusa é um fungo parasita obrigatório que sobrevive em hospedeiros alternativos e se adapta a condições de baixa umidade e temperaturas moderadas, comuns na entressafra.
A infecção pode ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento da planta, mas é mais visível no início da floração.
O fungo forma uma teia de micélio na superfície das plantas e utiliza haustórios para se alimentar das células hospedeiras.
Controle
A principal estratégia de controle é o uso de cultivares resistentes ou moderadamente resistentes.
Recorre-se também ao uso de fungicidas. A aplicação deve ser realizada com base no monitoramento regular da lavoura, evitando tanto aplicações preventivas quanto atrasadas. O nível crítico de infecção para o início do tratamento é de 40% a 50% da área foliar comprometida.
Condições ambientais, como temperaturas entre 18°C e 30°C, favorecem o desenvolvimento da doença, especialmente entre o início da floração e o enchimento das vagens.
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