Helicoverpa armigera

07.01.2025 | 17:59 (UTC -3)
<i>Helicoverpa armigera</i> - Foto: José Roberto Salvadori
Helicoverpa armigera - Foto: José Roberto Salvadori

A lagarta Helicoverpa armigera é popularmente conhecida como lagarta-armigera.

Culturas atacadas

Essa praga apresenta alto grau de polifagia, atacando diversas culturas de importância econômica. Entre elas estão soja, milho, algodão, tomate, feijão e sorgo. Outras culturas como trigo, girassol, amendoim e hortaliças também podem ser prejudicadas.

Biologia

A Helicoverpa armigera passa por metamorfose completa, com fases de ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos são depositados isoladamente, principalmente durante a noite, e eclodem em cerca de 3 dias.

A fase larval possui seis instares e é a mais prejudicial. As larvas apresentam coloração variável, podendo influenciar sua capacidade de resistência.

As pupas se desenvolvem no solo, podendo entrar em diapausa.

O ciclo completo pode levar de 4 a 6 semanas, dependendo das condições climáticas.

Ecologia

Essa espécie possui ampla distribuição geográfica, sendo registrada em diversos continentes, incluindo a América do Sul.

No Brasil, foi identificada oficialmente em 2013.

As mariposas adultas apresentam grande mobilidade, podendo migrar até 1.000 km. Sua capacidade de adaptação e sobrevivência a condições adversas permite várias gerações ao longo do ano.

Danos

As larvas causam prejuízos significativos, alimentando-se tanto de estruturas vegetativas quanto reprodutivas das plantas.

Preferem flores, frutos e vagens, causando deformações, quedas e apodrecimento. Estima-se que as perdas globais devido a H. armigera ultrapassem 5 bilhões de dólares anuais.

No Brasil, ataques severos foram registrados em diversas regiões, levando à redução da produtividade de cultivos como soja, milho e algodão.

Controle

O manejo de H. armigera requer estratégias integradas:

  • Monitoramento: utilização de armadilhas com feromônios e inspeções regulares nas plantas.
  • Controle biológico: introdução de inimigos naturais, como parasitoides e predadores.
  • Controle químico: uso criterioso de inseticidas, priorizando o combate às lagartas pequenas para maior eficácia e menor impacto ambiental.
  • Plantas transgênicas: emprego de variedades Bt com manejo adequado de áreas de refúgio.
  • Controle cultural: implementação do vazio sanitário para reduzir a oferta de hospedeiros na entressafra.
  • Técnicas alternativas: sistemas como "push-pull" e armadilhas de confundimento de machos podem ser complementares.

Para mais informações sobre Helicoverpa armigera, clique em:

Para saber quais pesticidas estão registrados para controle, clique em:

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