Indústria 4.0 e suas dimensões no agronegócio
Por Pedro Hilzendeger, engenheiro de processos de Smart Manufacturing na AGCO América do Sul
PUBLIEDITORIAL
Como ajustar o manejo para aumentar a eficiência de uso e o seu resultado na produtividade e qualidade das culturas
É muito comum escutar respostas parecidas quando uma pergunta sobre adubação e nutrição de plantas é feita, independente da cultura a ser adubada ou região. A pergunta é: “como você maneja o Magnésio nas adubações?”. A resposta - na imensa maioria das vezes – vem como uma afirmação simples: “faço calagem”.
Não há dúvida alguma a respeito da importância da correção dos solos. Os efeitos positivos e benéficos quanto a aplicação de calcário e outras fontes que atuem na correção da acidez dos solos é indiscutível. O ajuste do pH, que é a sigla utilizada para definir o potencial Hidrogeniônico do meio, ou de forma mais prática e aplicada, indicar se o solo está ácido ou básico, é fundamental para definir o comportamento do meio no qual as raízes se desenvolverão e serão responsáveis por absorver água e nutrientes durante toda a vida das plantas.
A calagem, quando recomendada baseada em critérios técnicos como por análises de solo e metodologias validadas em solos brasileiros - saturação por bases (V%), pH SMP, incremento de Ca e Mg trocáveis - garante que o pH do solo sempre se encontre em faixas adequadas para a melhor disponibilidade de nutrientes e crescimento e desenvolvimento radicular. Se em plantio direto, cultivo mínimo, culturas perenes, renovação de pastagens, uma coisa é certa: a aplicação de corretivos é o primeiro passo quando pensamos em adubações eficientes.
Mas, mesmo para um nutriente aplicado na calagem, cada vez mais é claro que não deve ser o único passo a ser pensado para seu fornecimento adequado e eficiente. O nutriente que tem mostrado resultados excelentes quando complementado nas adubações é o Magnésio (Mg).
O Magnésio desempenha um papel de extrema importância em várias funções dentro das plantas e impacta positivamente em processos relacionados ao crescimento e produtividade das lavouras. De forma geral, grande parte do magnésio se encontra na clorofila, que é o pigmento responsável pelo processo da fotossíntese no qual há a conversão da luz do sol em energia química para ser utilizada pelas plantas durante todo o seu ciclo. Plantas com baixo teor de magnésio podem apresentar problemas para absorver a energia luminosa do sol e o acúmulo desta energia pode gerar grandes danos, nem sempre perceptíveis, às folhas. Assim, plantas bem supridas de magnésio durante todo o ciclo tendem a ser mais tolerantes a estresses térmicos e utilizar melhor a água, energia solar e nutrientes.
Outro processo vital para a garantia da produção das plantas, e o qual o Magnésio é fundamental, é o transporte de açúcares das folhas para as raízes, parte aérea e órgãos reprodutivos. Desta forma, plantas deficientes em magnésio podem apresentar redução no crescimento de raízes e das estruturas vegetativas como folhas, caules, vagens e, principalmente sementes, impactando diretamente na produtividade e qualidade das colheitas.
Visto como o magnésio atua nas plantas e em quais momentos este é mais demandado, é provável que já comece a fazer mais sentido a importância da aplicação deste nutriente nas adubações. Mas se ainda não está muito claro, existem alguns outros pontos relacionados não só às plantas, mas a interações entre nutrientes no solo que podem ajudar a explicar, um pouco mais, a importância do aporte de Magnésio em diferentes fases dos cultivos.
Uma dessas interações está relacionada às bases no solo que são o Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Potássio (K). Há inúmeros trabalhos científicos que demonstram a importância não só dos teores absolutos destes nutrientes no solo, mas principalmente, em relação ao balanço entre eles para o melhor aproveitamento pelas plantas. Especificamente em relação ao Magnésio, altos teores de Ca e K no solo ou nas adubações podem dificultar ou impedir a absorção de Mg pelas raízes. Isso quer dizer que, mesmo o magnésio estando no solo e aportado via calagem, as plantas podem não terão total acesso, podendo apresentar deficiências e, consequentemente, os efeitos negativos já apresentados anteriormente.
De forma geral, mesmo calcários classificados como dolomíticos, ou seja, que possuem teores de magnésio (expresso como MgO) acima de 12% carreiam, também, altos teores de Cálcio e, dependendo dos teores nos solos, podem não fornecer todo o magnésio exigido pelas culturas no momento adequado. Adicionalmente, devemos lembrar que a fonte mais abundante de Mg aportada nos corretivos é o carbonato de magnésio, que necessita de contato com o solo e tempo de reação para liberar o carbonato, que é o principal responsável pela correção do pH, como também o magnésio, que ficará retido no solo.
Voltando aos conceitos apresentados que podem, em certa extensão, limitar a eficiência de uso do magnésio, qual seria então a forma de aportar este nutriente nas adubações sem alterar muito os manejos ou mesmo o operacional no campo e incrementar a produtividade e qualidade das lavouras? A resposta da Mosaic Fertilizantes: K-Mag.
O K-Mag é produto que contém, em um único grânulo, magnésio, potássio e enxofre. Por se tratar de um sulfato duplo de potássio e magnésio, apresenta alta solubilidade e disponibilidade imediata dos nutrientes. Além disso, é um produto altamente concentrado, apresentando 10,5% de Mg, 21% de K2O e 21% de S.
As vantagens de uso do K-Mag nas adubações vão desde a possibilidade de aplicação do produto como tal para aportar doses de magnésio em manejos de coberturas que necessitam potássio e enxofre como no caso de grãos, ou mesmo em misturas de fertilizantes contendo outros nutrientes como nitrogênio, fósforo e micronutrientes para uso em culturas perenes como café, cana e citros.
Uma outra grande vantagem do K-Mag é conter teores muito baixos de cloro, o que o fazem ser uma solução extremamente interessante para culturas que são sensíveis a este elemento ou que necessitam de produtos com qualidade superior como no caso da batata, cebola, alho, tabaco, café e citros.
Conhecendo um pouco agora o K-Mag, caso você passe pela situação de ser questionado sobre como você maneja o magnésio na sua lavoura, é muito provável que a resposta ainda venha à sua cabeça como uma simples, mas mais completa afirmação: “faço calagem... e uso K-Mag!”.
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