São Paulo capital, a maior praça do agronegócio brasileiro

Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM

25.01.2018 | 21:59 (UTC -3)

Ducor non ducor, “conduzo, não sou conduzido”, o brasão da cidade de São Paulo que celebra 464 anos de idade nesta semana e nos inspira muito.

Enquanto isso, na maior feira do varejo no mundo – National Retail Federation – em Nova Iorque, Estados Unidos, neste janeiro, um grupo de empresários brasileiros fez um manifesto declarando que a elite empresarial do país precisa assumir o protagonismo político.

Flávio Rocha, presidente das Lojas Riachuelo, apresentou o movimento “Brasil 200” e disse “O empresário moita, aquele que fica escondido, é o responsável pelo que estamos vivendo”; e junto com ele assinam esse documento outros líderes do varejo brasileiro, como Luiza Helena Trajano da Magazine Luiza; Luciano Hang da rede Havan; e Alberto Saraiva dono da rede HABIBS, este com vínculos na nossa cadeia produtiva do agronegócio, afinal não sai esfiha sem trigo, carne, cebola, pimentas.

E agora, o que este exemplo tem a ver com o macro setor do agro nacional? Tudo! Pois a luta contra o populismo, que devassa e desgraça sociedades e economias, precisa e exige a presença da sociedade civil organizada.

Estamos em ano eleitoral e neste dia 25 de janeiro é data do aniversário da fundação da cidade de São Paulo.

São Paulo é a maior praça do agronegócio brasileiro. Não se planta nada nesta cidade, a não ser algumas hortas, porém por aqui se processa, se distribui como no CEAGESP, que é o maior terminal distribuidor de alimentos do mundo, então se realiza o comércio e o setor financeiro; além de se ter também em São Paulo, uma das mais diversas e excelentes gastronomias do planeta.

Mas, o que o exemplo do congresso do varejo de Nova Iorque nos traz para a data de aniversário de São Paulo e para o agronegócio?

O exemplo. O Brasil é importante demais, e o agronegócio fundamental na economia e na qualidade de vida do brasileiro, para que o seu destino seja deixado nas mãos, apenas dos políticos, e ainda com muitos políticos populistas infiltrados.
Está na hora das confederações nacionais empresariais tomarem parte nos destinos políticos do país e está na hora do agronegócio vir a ser de fato agronegócio, a união e a reunião de cadeias produtivas interdependentes, onde supermercados, restaurantes e food trucks compreendam suas ligações com a ciência, a tecnologia, e os produtores rurais. Hora do agronegócio, hora do protagonismo político da sociedade civil organizada, com ou sem este ou aquele candidato presidenciável.

Parabéns cidade de São Paulo, ducor non ducor, conduzo, não sou conduzido. Que assim seja o país e o agronegócio nacional!

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