2,4-D: Polêmico desde sempre, imprescindível como nunca
Willian Daróz Matte, Vanessa Francieli Vital Silva, Fellipe Goulart Machado e Rubem Silvério de Oliveira Jr. (Universidade Estadual de Maringá – NAPD/UEM) e parceiros da Iniciativa 2,4-D
Os mais recentes levantamentos da safra 2016/2017 são animadores para a cotonicultura. De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea), em meados de maio de 2017 as vendas chegaram a 65,5% da produção estimada em 986,618 mil toneladas, mesmo considerando que a colheita iniciou apenas no final do mês. A Bahia, outro grande Estado produtor no País, segue o mesmo rumo.
No ciclo 2016/2017, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da pluma no País deve alcançar 1,489 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 15,5% em relação ao ano anterior. Mas os recordes produtivos se devem a diversos fatores, e um dos mais relevantes é a tecnologia aplicada.
Recentemente o processo produtivo da cultura de algodão no Brasil passou por importantes inovações. Como o expressivo aumento da área de cultivo em sistema de segunda safra em Mato Grosso, normalmente após a soja, e a alta adoção por cultivares transgênicas tolerantes às herbicidas e resistentes às lagartas. Esse novo cenário altera consideravelmente o manejo da cultura, uma vez que as cultivares e o ambiente de produção são distintos.
O melhor controle de lagartas, obtido pela tecnologia Bt das cultivares, proporciona maior fixação de estruturas reprodutivas pelas plantas, o que pode elevar o potencial produtivo da planta e alterar a relação entre crescimento vegetativo e reprodutivo, em função de maior força de dreno gerada. Essa dinâmica afeta o balanço nutricional da cultura, demandando mais nutrientes.
O nitrogênio exerce grande impacto sobre o desenvolvimento e produtividade do algodoeiro. Conforme relatado pela Embrapa, em 2014, é possível considerar uma extração média de 315 quilos de nitrogênio para uma produtividade de 300@ / ha de algodão em caroço produzida, sendo que quase a metade, 48,6%, é exportada pelas sementes e fibras.
Por ser o nutriente com maior demanda pela planta, o manejo merece muita atenção. Dessa forma, independentemente do sistema de produção (primeira ou segunda safra), o desenvolvimento do algodoeiro é favorecido pelo fornecimento adequado de nitrogênio, que não pode ser garantido por fontes voláteis, como ureia, que precisam de umidade para redução de perdas. O manejo com fontes pouco eficientes dificulta a tarefa de combinar a aplicação do nitrogênio na correta fase fenológica da cultura (planejada) com a condição de umidade favorável.
Em trabalhos realizados, recentemente, em três importantes Estados produtores (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia) foi constatado um incremento significativo de produtividade para lavouras de algodão que receberam fontes de nitrogênio eficiente sem perdas por volatilização, combinação de N em diferentes formas químicas (nítrico e amoniacal) e S em forma de sulfato (100% solúvel).
Na busca por eficiência produtiva, o uso de fontes de N menos dependentes de condições climáticas, principalmente na tocante à volatilização, favorece o manejo nutricional da cultura, pois sua aplicação pode ser realizada no momento planejado, atendendo a demanda da planta na fase adequada e possibilitando maior flexibilidade operacional.
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Willian Daróz Matte, Vanessa Francieli Vital Silva, Fellipe Goulart Machado e Rubem Silvério de Oliveira Jr. (Universidade Estadual de Maringá – NAPD/UEM) e parceiros da Iniciativa 2,4-D
O tomate é uma das principais frutas consumidas no Brasil, presente em saladas e molhos clássicos de massas, sendo também amplamente utilizado em dietas restritivas, já que cada fruto possui em média 25 calorias.