Exército do mal
Pragas como traça, lagarta-rosa, mosca-minadora, larvas alfinete e arame, pulgões, vaquinha e corós estão entre os principais entraves enfrentados pelos produtores de batata, com danos tanto à parte aérea como ao
Na operação de colheita do milho safrinha é normal a ocorrência de perdas de grãos e espigas, que podem originar as chamadas plantas voluntárias. Mas, afinal, essas plantas são voluntárias ou daninhas? Nenhuma planta é originalmente daninha, mas todas as plantas podem se tornar uma, dependendo das suas características, especialmente onde a mesma se desenvolve e se está causando prejuízo ao agricultor. Na prática, planta daninha é definida como uma planta que se desenvolve em um lugar indesejável e causa danos às plantas de interesse.
Milho voluntário
É o caso das plantas voluntárias de milho, também chamadas de plantas guaxas ou tigueras, que ocorrem na lavoura de soja. Estas plantas devem ser vistas como uma espécie agressiva ao cultivo comercial da soja, pois sua presença promove competição por recursos, como luz, água e nutrientes, com consequentes perdas de produtividade da soja. A competição de apenas duas plantas de milho voluntário por m2 resulta em perda relativa de produtividade da soja de 37%. Com o aumento gradativo da infestação de milho voluntário, ocorre a diminuição progressiva da produtividade da soja, com perda relativa máxima de 86%, com infestação de 16 plantas por m2. Os agricultores sabem que, quanto menor a perda na colheita de milho, menor será o problema com as plantas voluntárias, o que aumenta ainda mais a importância do uso de colheitadeiras bem reguladas.
A presença das plantas de milho voluntário passou a ser comum após o lançamento do milho RR. Assim, as perdas de grãos e espigas no processo de colheita incorporou ao sistema uma planta competitiva e de difícil controle nas áreas de produção de soja. As plantas voluntárias estarão a cada dia mais presentes nas áreas de produção, pois além do programa RR (Roundup Ready), a soja Cultivance já está no mercado e outros virão nos próximos anos, envolvendo a tolerância de culturas aos programas Enlist, Liberty Link, Dicamba, STS e HPPD.
Controle químico
No passado recente, o controle químico do milho voluntário era realizado através do herbicida glifosato, aplicado na operação de manejo de entressafra ou em pós-emergência da cultura da soja, em cultivares RR. A aplicação deste produto não se mostra mais viável quando as plantas de milho voluntário são provenientes de híbridos também resistentes ao herbicida glifosato, cuja área de cultivo tem aumentado rapidamente. A germinação do milho voluntário é desuniforme. Portanto, como em condições de campo a germinação é variável, o agricultor pode considerar pelo menos dois fluxos para efeitos de aplicação de herbicidas.
A recomendação de controle químico do milho voluntário se baseia na aplicação de graminicidas pós-emergentes, os inibidores da ACCase. Quanto mais novas as plantas, melhor o controle, o que pode ser obtido com menor dose. Com até três folhas, as opções de produtos são várias e com eficiência próxima a 100% para a maioria dos herbicidas. Mas se o milho estiver com cinco ou mais folhas, as opções se reduzem bastante e o nível de controle cai significativamente para quase todos os produtos.
Um ponto importante a ser considerado é quando o controle do milho voluntário coincide com o controle de espécies de folhas largas, particularmente a buva. Nestas condições é comum utilizar a combinação de produtos, aumentando a possibilidade de ocorrerem efeitos antagônicos com os latifoliadicidas. Esta reação é facilmente observada entre 2,4-D e os herbicidas inibidores da ACCase.
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