​A comunicação dos agroquímicos

Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan

02.09.2016 | 20:59 (UTC -3)

O monitoramento de redes sociais passa a ser fundamental na gestão de todo agronegócio e de setores do agro. Um relatório da NetNexus, que monitora todo o agronegócio nas redes sociais, revela que 84% das reverberações sobre defensivos são negativas. Estas refletem a medição de menções ao agro referentes à última semana, e dentre elas se destacam, por exemplo, um estudo da Universidade do Ceará que atribui o aumento de casos de câncer em jovens que foram expostos aos agroquímicos, outra sobre aves na Antártica com a presença de pesticidas no sangue, e uma publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária que mostra os Estados mais contaminados do Brasil.

Muito bem, há três semanas os agroquímicos contavam com 83% de reverberações negativas e na penúltima a proporção aumentou para 84%. O único aspecto positivo nas redes sociais sobre os defensivos foi a notícia que coloca Minas Gerais como o Estado que possui o maior número de centrais para recolhimento de embalagens de defensivos.

O que você faria se sua categoria de negócio estivesse classificada com 84% de reverberações negativas nas redes sociais? Está na hora dos dirigentes das empresas agroquímicas compreenderem que, ou se comunicam ou tomam uma iniciativa institucional educadora e de diálogo com a sociedade. Caso contrário, essa negatividade toda pode sim, ser um câncer legítimo contra o setor, e uma mácula para a imagem do agronegócio brasileiro como um todo.

Está na hora do setor agroquímico, como prefiro chamar, aprender e saber se comunicar com a sociedade em geral, pois sem agroquímico não faremos agro comida, agro energia, agro fibras, agro proteínas e hortifruticultura.

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